terça-feira, 30 de setembro de 2008

Flag

Titulo: Flag: esporte de futuro

Olho: Se um dia o Brasil quiser se tornar uma potência no futebol americano, a base já está pronta.

Por Mario J. Silva

Conhecida por times de futebol profissional que marcam a história do esporte no Brasil, nossa querida Portuguesa de Desportos não esquece de incentivar os esportes amadores, e até novas modalidades, ainda que desconhecidas do grande público. O Flag é uma delas. Mas, o que é o Flag?

Numa tradução literal, Flag significa bandeira. E este esporte tem tudo a ver com isso. De origem exata ainda desconhecida, a versão mais aceita pelos praticantes atuais é a de que o esporte foi criado durante a guerra do Vietnã. As tropas americanas estacionadas no país tinham poucas opções de lazer e diversão. Um general resolveu, então, montar times de futebol americano. Seria uma ótima idéia, não fosse o detalhe de a prática do futebol americano sem equipamentos de segurança, o que era impensável em trazer dos Estados Unidos, causar muitas lesões, algumas graves, trazendo baixas desnecessárias de soldados no front.

O general então pensou numa solução original. No lugar do “teco”, aquele momento em que o jogador de defesa impede o avanço do atacante oposto por, literalmente, pular sobre ele, e onde ocorrem as maiores contusões, prendeu bandeiras pequenas na cintura dos componentes de cada equipe. A partir daí, quando um atacante avançava com a bola à caminho da linha de fundo para tentar o famoso touchdowns, não precisava mais se preocupar com os tratores humanos que viriam ao seu encontro. A regra passava a ser tirar alguma das duas bandeiras da cintura do oponente e com isso parar a jogada. E assim surgiu o Flag Football. Uma versão mais segura do futebol americano, mas não menos dinâmico.

No Brasil, o esporte foi introduzido em meados do ano de 1999 por Paulo Arcuri, Claúdio Telesca e José Mauricio Bertacci, professores de educação física. No começo, suas aulas restringiam-se às quadras do Mackenzie, mas logo ganharam os gramados do Parque do Ibirapuera e de lá para o campo da Portuguesa de Desportos foi só uma questão de oportunidade.

Felipe Bignardi, formado em Educação Física pelo Mackenzie e torcedor da Lusa, sempre foi fã e praticante do tradicional futebol americano. Com o custo muito alto para importação do equipamento de segurança para a prática correta do jogo, era muito difícil montar uma equipe completa, que dirá de duas para poder haver uma partida. Foi quando conheceu o Prof. Paulo Arcuri e o Flag. De entusiasta passou a divulgador e logo a técnico, quando apresentou seu projeto de formação de uma escola da modalidade na Portuguesa de Desportos em 2007. A iniciativa foi prontamente aceita.

Começando com apenas 4 entusiastas, hoje a escola conta com cerca de 30 alunos, o que possibilitou a criação de um time inscrito na LPFA (Liga Paulista de Futebol Americano), o Portuguesa Lions, nome sugerido pelos próprios jogadores formados no clube, uma homenagem à mascote da Lusa. Neste ano, numa disputa equilibrada e com o campeonato muito mais organizado, contando com cerca de 30 equipes, o Portuguesa Lions tem feito bonito e estimulado outros times da cidade a trilharem seu caminho, como fica claro pelo fato de outros clubes de futebol profissional terem criado suas próprias escolas de Flag Football.

Felipe Bignardi e ???????? estão agora envolvidos na criação da escolinha de Flag da Portuguesa de Desportos, onde jovens a partir de 12 anos poderão iniciar a prática da modalidade e facilitar a descoberta de novos talentos e a subseqüente maior divulgação do nome da Portuguesa em mais uma atividade esportiva.

Nas palavras do próprio Felipe, “se um dia o Brasil quiser se tornar uma potência no futebol americano, a base já está pronta”. E a Portuguesa de Desportos será uma grande responsável por isso.

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