terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Crítica Culinária um tanto diferente.

Era um sábado de sol, daqueles em que o mundo parece perfeito como uma pintura de Van Gogh acompanhada pela nona sinfonia de Beethoven. A visita seria a trabalho, provavelmente rápida, provavelmente comum. No caminho discutiamos que as perguntas seriam breves, as fotos básicas. Mas algo não estava dentro do contexto natural de um dia de trabalho rotineiro. A manhã tinha cheiro de felicidade com sabor de quero mais. É! Só depois perceberíamos que trabalhar pode nos dar grandes prazeres por suas surpresas guardadas após a próxima curva.

Nosso destino era o complexo de lazer comumente conhecido como ‘O Velhão’. Bares, restaurantes, lojas e muito, mas muito verde numa área de 57 mil m² já serviriam para uma ótima reportagem. Mas como nos ater ao que todos os bons restaurantes de São Paulo têm em comum, quando num lugar mágico como esse há tantas histórias brotando de suas paredes, móveis e utensílios? Um lugar construído a partir de um sonho que se tornou uma bela realidade, não só para seus donos, mas a todos os que tiveram o prazer de conviver com o ‘Seu’ Moacir.

Vá até O Velhão por sua comida, você não irá se arrepender. Vá até O Velhão por pura diversão numa noite de sábado, você vai dançar e se divertir em sua choperia, em seu bar de pop-rock ou brincar com amigos em suas mesas oficiais de bilhar. Mas, acima de tudo, vá ao O Velhão para conhecer as pessoas que trabalham lá. Prepare um dia inteiro com sua família ou amigos para conversar com Ubiratã, herdeiro do ‘Seu’ Moacir, e quem continua tocando os projetos sociais do complexo, como o posto de saúde, a pequena igreja e até uma excelente escola pública, tudo em parceria com a Prefeitura de Mairiporã. Passe em todas as lojas, mas dê atenção especial ao Diógenes, que é muito mais que um artista da marcenaria e ao Mila Misson, restaurador de peças raras e antigas, tratadas por ele com a responsabilidade e o prazer de quem reconstrói um pedaço da História, da vida, do sonho de quem amou e continua amando.

A Serra da Cantareira é isso. Surpresas entre suas magníficas árvores. Histórias de sucesso comercial sempre acompanhadas de responsabilidade social e integração saúdavel com a natureza. Ah, e quando for almoçar por lá, não deixe de dar atenção ao Jack, que certamente irá procurá-lo para pedir comida!

Por Mario J. Silva

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