quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Entrevista com Hélio Campos Mello, da revista Brasileiros. Por Rafael Rodrigues.

* Postado originalmente no O Leitor, mas devido ao número astronômico (pra não dizer o contrário) de visitas lá, resolvi postar aqui também.

Conheci a revista Brasileiros totalmente por acaso. Foi em fevereiro deste ano, pela internet, e a matéria de capa da revista era sobre Muricy Ramalho, uma das pessoas que mais admiro. Além de ser espontâneo e verdadeiro, Muricy é, assim como eu, são-paulino. Comprei a edição (de número 19) e fui direto na matéria sobre o ex-técnico do São Paulo, que foi entrevistado por Ricardo Kotscho (também são-paulino), Fernando Figueiredo Mello e Hélio Campos Mello, sendo este último diretor de redação e idealizador/fundador da Brasileiros.

Para mim não havia outra saída a não ser gostar da matéria – e da revista. A coisa aumentou de grau quando, depois de enviar uma tentativa de colaboração para lá, me enviaram um e-mail solicitando uma foto minha e uma rápida biografia, para colocarem na página de colaboradores da então próxima edição, a de número 20, que além de ter uma ótima matéria de capa com a socióloga, educadora e cientista política Maria Victoria Benevides, traz também homenagens a várias mulheres (representando todas as brasileiras) e uma reportagem sobre o médico Aziz Miguel Filho, que paga pra trabalhar, além de outras boas matérias.

Por ser um tanto diferente das revistas com as quais estava acostumado, semanais engajadas em alguma corrente política e mensais insossas, a Brasileiros tinha tudo para se tornar um xodó meu. Gosto de bons textos, com personagens inusitados e até mesmo improváveis. Além disso, a Brasileiros dá destaque a certas coisas que o restante da imprensa deixa passar em branco. Não apenas pessoas que tentam fazer deste Brasil um lugar melhor, mas também livros, discos, enfim, produtos culturais que as revistonas e os jornalões esquecem de divulgar ou criticar. Com a minha matéria publicada, então, vocês podem imaginar: virou mesmo mais um xodó entre os tantos que tenho. Agora a acompanho todo mês, comprando nas bancas, e em breve me torno assinante.

A Brasileiros teve sua edição de número 1 publicada em julho de 2007. Ela faz, portanto, 2 anos neste mês. Quer dizer, ela é um pouco mais velha que isso. Digamos que ela tenha nascido uma pouco antes mas só foi registrada em cartório no mês de julho. Por isso não é do signo de Câncer, casa do zodíaco à qual pertenço. Essa foi uma das coisas que o já citado Hélio Campos Mello “falou”, na entrevista que ele me concedeu por e-mail e que vocês leem a seguir. Detalhe: em determinado momento, Hélio faz uma observação sobre o fato de estar sendo espontâneo e também sobre não ter ainda se acostumado com a acentuação do novo computador. Quando imaginei a entrevista, pensei mesmo em algo bem próximo de uma conversa. Por isso resolvi manter a observação.

Hélio, você passou por algumas das maiores redações do país (Veja, Estadão, IstoÉ). Me desculpe fazer a pergunta desta maneira, mas por que em vez de continuar trabalhando para outros veículos você resolveu criar o seu? Não seria trocar dores de cabeça eventuais por uma enxaqueca, no sentido de que tanto as responsabilidades quanto o trabalho são bem maiores?

Acho que fazer a Brasileiros é fechar um ciclo e iniciar outro. O primeiro – e longo – ciclo foi uma caminhada que teve seu inicio na década de 70 no Jornal da Tarde e O Estado de São Paulo, com Murilo Felisberto e Miguel Jorge, na Veja, com Mino Carta, em alguns estúdios de fotografia, no jornal Última Hora, com Samuel Weiner – todos esse lugares/empregos exclusivamente como fotógrafo, que é a minha formação. Esse ciclo continuou em 76 na IstoÉ, de novo com Mino Carta, até 1980, aí já como editor de fotografia, além de fotógrafo/ fotojornalista. Passei um tempo em Nova York, fotografando para Veja e Visão, até voltar a trabalhar com Mino Carta, na Senhor, semanal da Editora Três. Lá fui fotojornalista, editor de fotografia, secretário de redação, tradutor da The Economist e fechador das colunas de Claudio Abramo e Raymundo Faoro. Em 1988 participei da verdadeira revolução editorial feita pela Agência Estado, sob o comando do Rodrigo Mesquita, no Grupo Estado. Como diretor, lá fiquei até 1993 e participei da transição tecnológica que informatizou redação, fotografia e também na implantação da informação em tempo real, principalmente a econômica, um pouco antes do advento da internet como ferramenta de rotina, como hoje a usamos. De quebra cobri a invasão americana ao Panamá, em busca do general Noriega, em 1989, e a Guerra do Golfo em 1990/1991. Nessa última, como uma espécie de cereja no bolo, ou, melhor, tâmara nessa torta quase indigesta, eu e meu companheiro de trabalho naquele momento, William Waack, fomos presos e assim ficamos por uma semana em mãos de tropas do outrora temido Saddam Hussein.

O final desse ciclo se dá na IstoÉ, para onde voltei em 1993. Foram 13 anos nos quais trabalhei como fotógrafo, redator-chefe, diretor de planejamento e diretor de redação. Me lembro, com carinho, que conseguimos nesse período 10 prêmios Esso. Mas, como em um casamento, houve mútuo cansaço, e, finalmente, a separação aconteceu em fevereiro de 2006. A IstoÉ ficou lá e eu saí em busca de novos caminhos. Seria um ano sabático para decidir o que fazer não fosse por três matérias especiais que eu e meu amigo Ricardo Kotscho fizemos para o jornal O Globo e uma consultoria que prestei mensalmente para uma agência de publicidade. Mas no que de sabático deu para aproveitar, eu e minha mulher – e hoje minha sócia –, Patricia Elena Rousseaux, viajamos e conversamos muito. E foi olhando em direção a África, com muito vento na cara, numa praia da Bahia, que chegamos, nós dois, ao formato e ao nome da Brasileiros. E aí começa um novo ciclo. Que podemos até chamá-lo, parodiando um pedaço de sua pergunta: “Por que ter uma boa dor de cabeça se podemos ter uma tremenda enxaqueca?”. Como você pode, perceber perdemos o sono – graças às contas para pagar – mas não perdemos o humor.

Você poderia definir, em algumas palavras, a Brasileiros?

A Brasileiros é a realização do conjunto de velhos sonhos com o exorcismo de alguns pesadelos. Como exemplo, eu sempre quis trabalhar em uma revista que tivesse espaços generosos para boas reportagens, como a Realidade, a Vanity Fair, a National Geographic. Ao mesmo tempo, a arrogância do jornalismo sempre frequentou alguns maus sonhos que tive, assim como também o fato de não poder demonstrar gostar do país que vivemos sem ser confundido com ufanista boboca e, portanto, não ter vergonhas em falar de suas coisas boas. Isso sem ter medo em falar de suas misérias e mazelas. Outro de meus sonhos é poder exercer o lado lúdico do jornalismo, que é sair para ver as coisas, falar com as pessoas, e depois ter uma revista onde editar – com prazer – o resultado dessas experiências. Com belas aberturas, belos textos e belas fotos. Enfim, desfrutar do prazer dessa profissão que pode proporcionar muito prazer.

Confesso que só conheci a Brasileiros este ano. Aliás, minto: já a conhecia, mas só em fevereiro comprei e li uma edição da revista. E, mesmo assim, porque aquele número tem o Muricy Ramalho - de quem sou fã incondicional - na capa. Foi então que descobri o quão boa é a Brasileiros - e não estou aqui puxando o seu saco - e agora acompanho a revista todo mês. A pergunta, finalmente, é: por que, na sua opinião, o espaço para revistas como a Brasileiros - e outras como piauí, Rolling Stone e Trip - é ainda um tanto restrito, no Brasil? Apesar disso, os leitores parecem estar dando mais atenção a essas publicações - ou não?

(Tá tudo muito caudaloso, Rafael, fique à vontade para cortar o que precisar e, por favor, estou de computador novo – agora é um Mac – e os acentos são as maiores vítimas.) Acho que há um início de cansaço com relação à imprensa da maneira como ela é feita, quando feita de uma maneira pasteurizada, burocratizada, excessivamente modulada. E essas três revistas que você citou estão ocupando esse espaço, cada uma à sua maneira, porque são revistas muito diferentes entre si.

Mudando um pouco de assunto: o que você achou da decisão do STF de derrubar a obrigatoriedade do diploma de jornalismo para exercer a profissão de jornalista?

Eu sempre lutei, luto e lutarei pela busca de algo não muito palpável, que é o bom senso. Em relação à exigência do diploma, acho falta de bom senso proibir indivíduos talentosos, que possam agregar conhecimento, informação, cultura, de publicar seus trabalhos em jornais ou revistas. Assim como acho falta de bom senso e excesso de oportunismo mal-intencionado se aproveitar da não exigência do diploma para contratar, a preços aviltantes e aviltados, mão de obra desqualificada.

Todos os dias alguém fala em fim dos jornais - na verdade, da mídia impressa - e até em fim do jornalismo. Porque jornais estão sendo fechados, as tiragens estão caindo etc. O que você acha disso? Os jornais, as revistas e o jornalismo vão mesmo acabar? (Acredito que a Brasileiros é a sua melhor resposta para essa pergunta, mas gostaria de ler algumas palavras suas sobre o assunto.)

A meu ver, estamos passando por uma reorganização do mercado. Os jornais e as revista semanais perdem espaço. A informação eletrônica ganha e ganha em cima das semanais e dos jornais. Com isso reabre-se um espaço para as mensais de qualidade. É aí que entra a Brasileiros. São revistas feitas com mais cuidado, mas que não podem perder a temperatura. São as revistas que duram mais que os dois, três dias que duram as semanais. Elas não dependem dos furos, elemento cada vez mais indispensável para vender as semanais. Dependem de uma pauta, de bons textos, boas fotos, acabamento primoroso. A Brasileiros é uma revista que busca suprir uma necessidade que eu chamo de fetiche da leitura. É algo como o prazer de entrar em uma boa papelaria e sentir o cheiro do grafite e do papel. A Brasileiros pretende fornecer, além de um conteúdo o mais perto do excelente possível, também esse prazer táctil e de olfato.

Voltando ao aniversário da Brasileiros: ela, assim como eu, nasceu em julho, e agora completa dois anos de existência. Pode parecer uma pergunta boba, mas como a própria revista tem uma página dedicada à astrologia, pergunto: a Brasileiros tem signo? Se sim, qual? (Se não, fica a sugestão: fazer um mapa astral da Brasileiros!)

A Brasileiros é de Gêmeos (a revista foi pensada e gestada durante 2006 e no começo de 2007; a empresa foi registrada em maio de 2007; no mesmo maio saiu o número zero e, finalmente, em julho de 2007, saiu o número 1, com a capa sobre preconceito). A coluna de astrologia desta edição de dois anos é dedicada a isso.

O que os leitores da Brasileiros podem aguardar para os próximos anos, além da continuidade do belo trabalho que vocês vêm desenvolvendo? Já foi cogitado lançar as melhores reportagens em livro ou essa ideia não passa por sua cabeça (ou já passou e foi embora)?

A Brasileiros, como editora, tem algumas publicações sendo desenhadas e manobrando para serem lançadas. Um livro também está nos planos.

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Revista Brasileiros

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Entrevista com Gabriel, o Pensador.




Estas são algumas imagens de minha entrevista com Gabriel, o Pensador.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Breve biografia dos Rolling Stones.






O Rolling Stones é uma banda de rock inglesa formada em 25 de Maio de 1962, e que está entre as bandas mais antigas ainda em atividade. Ao lado dos Beatles, foi a banda mais importante da chamada Invasão Britânica ocorrida nos anos 60, que adicionou diversos artistas ingleses nas paradas norte-americanas.

Formado por Mick Jagger, Keith Richards, Brian Jones, Bill Wyman e Charlie Watts, o grupo calcava sua sonoridade no blues, e surgia como uma opção mais malvada aos bem-comportados Beatles. Em mais de 40 anos de carreira, hits como Satisfaction, Start Me Up, Sympathy for the Devil, Jumping Jack Flash, Miss You e Angie fizeram dos Stones uma das mais conhecidas bandas do rock mundial, levando-a a enfrentar todos os grandes clichês do gênero, desde recepções efusivas da crítica até problemas com drogas e conflito de egos, principalmente entre Jagger e Richards.

História

1960-1970

Tudo começou em 1960, quando os dois amigos de infância, Mick e Keith, se reencontraram em um trem na estação de Dartford, Inglaterra, e descobriram um interesse em comum por blues e rock and roll. Foram convidados pelo guitarrista Brian Jones em 1962 a montar a definitiva banda de R&B branca, que se chamaria The Rolling Stones, inspirado no nome de uma canção de Muddy Waters, Rolling Stone, cujo nome foi utilizado oficialmente, pela primeira vez, em sua apresentação no Marquee Club de Londres em 12 de julho de 1962.

O pianista Ian Stewart, amigo de Brian, seria o co-fundador da banda, mas porque sua imagem pessoal não tinha o devido sex-appeal, ele seria rebaixado a gerente de palco, com direito a gravar com a banda mas não de posar como membro. Bill Wyman, que embora já vivesse da noite há muito mais tempo que os demais, seria acrescentado à banda por um motivo fútil: possuía mais de um amplificador. Em janeiro de 1963, Charlie Watts assumiria definitivamente a bateria. A boa repercussão nas apresentações ao vivo somadas à habilidade promocional de seu empresário, levou a banda a um contrato com a Decca Records (então a piada do ano por ter recusado um contrato com os Beatles). Seu empresário promove a banda com uma imagem de rebeldes e cria a pergunta: Você deixaria sua filha se casar com um Rolling Stone?.


Os primeiros singles, um cover de uma canção de Chuck Berry e Muddy Waters de cada lado, Come On/I Want To Be Loved, e uma gravação para uma composição da dupla John Lennon e Paul McCartney, I Wanna Be Your Man, foram bem aceitos. O primeiro álbum, chamado simplesmente The Rolling Stones, saiu em abril de 1964, contendo apenas uma composição de Jagger e Richards. Apenas com Tell Me (You’re Coming Back), lançado em junho de 1964, é que uma composição da dupla seria lançada como lado A de um compacto. A partir daí, pouco a pouco o material próprio começou a ser valorizado, tendo em Out Of Our Heads, de 1965, o primeiro de uma série de discos basicamente de composições da dupla Jagger-Richards. É nesse ano que a banda lança seu maior hit em todos os tempos, Satisfaction.

Com o álbum Aftermath, de 1966, a banda começaria uma fase de músicas mais longas e de arranjos mais elaborados. O flerte com o rock psicodélico e experimental teria seu ápice em Their Satanic Majesties Request, de 1967. Com Beggar’s Banquet (1968) haveria a volta ao estilo mais próximo ao R&B que os fizeram famosos. São desta época dois dos maiores hits da banda, Jumpin’ Jack Flash, que só saiu como compacto e a controversa Sympathy For The Devil - que Mick disse ter se inspirado em uma visita à um centro de candomblé na Bahia - música responsável pela maior parte das acusações de satanismo que a banda iria sofrer desde então.

Em 1969 Brian Jones oficialmente abandona os Stones, sendo substituído por Mick Taylor (que havia tocado com o John Mayall’s Bluesbreakers). Poucos meses depois de sua saída, Brian Jones seria encontrado morto afogado na piscina de sua casa em Sussex, em circunstâncias até hoje pouco esclarecidas. Existem duas versões: que ele se afogou sob influência de drogas e álcool, ou que ele foi afogado propositalmente por um dos empreteiros contratados para fazer obras na propriedade. Embora houvesse sido planejado muito tempo antes, dias depois a banda realizou um concerto memorável no Hyde Park, em Londres, diante de um público de 300 mil pessoas, que acabou tendo um significado especial além da apresentação do pouco conhecido novo guitarrista, Mick Taylor. O show aconteceu num palco decorado com uma enorme foto colorida e estourada de Jones. Jagger, vestido de branco, interrompeu a apresentação para ler uma passagem do poema Adonais de Percy Bysshe Shelley, em memória do amigo problemático. Enquanto mais de 3.000 borboletas brancas eram soltas do palco para a platéia emocionada. Os Stones pareciam ter chegado ao fim de uma era. Sem imaginar que a próxima tragédia estava bem próxima.

Em 6 de dezembro de 1969, o grupo chegou a Altamont, na Califórnia, para uma grande apresentação ao ar livre - com uma platéia pelo menos duas vezes maior do que a do Hyde Park. Bem antes dos Stones subirem no palco já havia problemas. A segurança do espetáculo estava sob a responsabilidade de um bando de Hell`s Angels de São Francisco, uma gangue de motoqueiros grossos e arrogantes que não sentiam nada a não ser desprezo pela multidão de mais de 500 mil hippies. Qualquer um que tentasse subir no palco era agredido e escorraçado de volta para a platéia por Angels que portavam tacos de sinuca. Durante a apresentação da banda Jefferson Airplane, que antecedeu a atração principal, fãs estavam sendo carregados para as cabanas da Cruz Vermelha em maior quantidade do que os médicos de plantão podiam dar conta. Quando os Rolling Stones finalmente foram se apresentar, a multidão ficou histérica, e os Hell`s Angels reagiram ficando ainda mais selvagens. Durante a execução de Under My Thumb (e não Simpathy for The Devil como muita gente acredita), um jovem negro, Meredith Hunter, foi assassinado com uma punhalada nas costas. Os Stones tinham noção de que alguma coisa havia acontecido, embora do palco fosse difícil dizer exatamente o quê. No dia seguinte é que os Rolling Stones descobriram que quatro pessoas (incluindo Meredith Hunter) haviam morrido naquele dia. Há versões de que Meredith foi agredido pelos Hell`s Angels por estar acompanhado de uma linda loira, mas ele estava armado com um revolver e o assassino, Alan Passaro, foi julgado alguns anos depois e inocentado por legítima defesa. O que aconteceu naquele dia fatídico está registrado no filme Gimme Shelter, de 1970. Ainda em 1969 os Stones lançaram Let It Bleed (título geralmente visto como sátira a Let It Be, dos Beatles, disco que de fato só seria lançado seis meses depois). Em 1970 sai Get Your Ya-Ya’s Out, o primeiro disco ao vivo, com estéreo autêntico e alta fidelidade, gravado de sua apresentação no Madison Square Garden, em Nova York.

1971-1980

Em 1971 a banda passa para a Atlantic Records, que lhes permite estrear o selo próprio, Rolling Stones Records. Nesse ano a banda lança um dos seus álbuns mais curiosos, Sticky Fingers, cuja capa foi idealizada por Andy Warhol com uma foto de uma pélvis atribuida a Jagger e cujo LP original possuía um zíper que podia ser aberto e mostrava uma figura de uma cueca (a despeito da banana do álbum Velvet Underground and Nico). Esse álbum também foi o primeiro a mostrar o famoso logotipo da boca que apesar de ter sido sempre atribuído a Andy Warhol na verdade foi produzido por John Pasche.

Keith Richards encontra-se no interior da França, no castelo gótico Villa Nellecote, especialmente para tentar se livrar das drogas, pela primeira vez. Percebendo estar em um momento excepcionalmente criativo, chama Mick Jagger para começarem a compor. Os dois se unem por várias semanas e produzem dezenas de novas composições que poderiam facilmente integrar um álbum triplo. Para lá é enviado, então, o estúdio móvel de gravação da Rolling Stones Records, tido como o mais moderno do mundo à época. Após a mixagem lançam, em 1972, o álbum duplo Exile on Main Street, considerado por muitos, e pelo próprio Jagger, como o melhor álbum da banda pela sua consistência, plasticidade e versatilidade dos músicos, o qual produz, entre outras, a música Tumblind Dice, obrigatória em qualquer show dos Stones até os dias de hoje.

Com a excelente repercusão do disco anterior e embalados pela sua turnê de 1972/1973, os Stones entram mais uma vez no estúdio e lançam em 1973 o álbum Goats Head Soup, amplamente conhecido pelo hit Angie e pela polêmica Star Star. Interessante que a balada Waiting on a Friend foi composta e gravada durante as sessões deste álbum e lançada apenas oito anos depois no álbum Tattoo You (1981), a qual, devidamente remixada tornou-se um hit da banda, assim como a música Tops.

Em 1974 os Rolling Stones gravam o clássico It’s Only Rock’n’Roll no estúdio do guitarrista Ronnie Wood (que tocava com a banda inglesa The Faces, liderada por Rod Stewart). Com a saída repentina de Mick Taylor para seguir carreira solo, Wood assume a segunda guitarra, embora só será oficialmente um membro efetivo dos Stones a partir da turne de 1975, cuja primeira apresentação com a banda ocorre em 1º de junho do mesmo ano em Baton Rouge, Lousiana, Estados Unidos, através dos acordes de Honky Tonk Women.

Embora a turnê de 1975 tenha sido batizada de Tour Of The Americas pois previa, além dos Estados Unidos e Canadá, shows no Brasil - Rio de Janeiro (14 e 17/08) e São Paulo (19 e 21/08) -, México (7 e 10/08) e Venezuela (28 e 31/08), estes não ocorreram por restrições políticas dos governantes desses países, preocupados com a imagem de desordeiros e drogados que a banda poderia passar além de desagradar os respectivos regimes de governo.

Lançam, então, Black & Blue (1976), um disco mais intimista com forte participações de convidados como Billy Preston, que já havia gravado Let It Be, dos Beatles e vinha participando de todos os álbuns dos Stones desde Sticky Fingers de 1971, e Ron Wood confirmado no comando da segunda guitarra, que obtém razoável sucesso. O álbum seguinte é Love You Live (1977), um duplo ao vivo gravado na turnê européia de 1976, bastante heterogêneo e com a formação básica da banda no palco. Em (1978) lançam Some Girls que é bem mais pesado do que os últimos trabalhos. Este disco é fortemente influenciado pelo movimento punk surgido na Inglaterra no ano anterior, com temas rápidos e agressivos como Respectable e When The Whip Comes Down, embora o disco seja mais lembrado pelo seu hit à la discoteque Miss You. Mostrando a vitalidade característica até os dias de hoje, ainda no mesmo ano saem, novamente, em turnê pelos Estados Unidos e já dão mostras da tendência que por eles será magistralmente explorada nos próximos anos: enormes palcos e infra-estrutura dos shows, jamais vistas até então. Em 1980 lançam um disco mais linear, Emotional Rescue, com vários temas bons mas nenhum grande destaque.

1981-1990

Em 1981 a banda larga Atlantic Records e assina com a EMI. O álbum de estreia é Tatoo You, tido por muitos como o melhor álbum da banda de todos os tempos e talvez o seu único grande triunfo para esta gravadora, visto ser o de maior sucesso comercial da banda até hoje.

Com a excursão americana no mesmo ano, os Rolling Stones definitivamente inauguram a moda de shows gigantescos de duração de três horas, palcos móveis e desmontáveis e toneladas de equipamentos de som e luz. Resumindo a turnê em solo americano lançam em (1982) o álbum ao vivo Still Life (American Concert 1981) e o filme Let’s Spend the Night Together, que, sob a direção do renomado Hal Ashby, mostra o vigor juvenil de Jagger e a reabilitação de Richards das drogas, além do novo formato de apresentações ao vivo.

Em meio a especulações da mídia de possível separação da banda, no final de 1983 os Stones lançam o álbum Undercover, e, alimentando ainda mais estes rumores, a banda não sai em turnê e tampouco os músicos se pronunciam à respeito, cada um elaborando trabalhos individuais e não sendo vistos juntos em nenhuma ocasião.

Ian Stewart, pianista, gerente de palco e um dos fundadores da banda, acompanhando em todos os álbuns e shows, morre em 1985 em virtude de um ataque cardíaco. Tido como o sexto Stone, é homenageado com uma faixa no álbum da banda de 1986, Dirty Work, cujo álbum também não é acompanhado de turnê.

O relacionamento entre os membros restantes da banda não era dos melhores, com desentendimentos freqüentes entre Jagger e Richards. Mick Jagger envereda em uma carreira solo gravando músicas dentro do estilo Rolling Stones e causa um desentendimento sério entre ele e seu sócio Keith Richards. Especulações sobre o fim da banda duram por seis anos, embora o clima ruim não impedisse que continuassem sendo lançados álbuns de repercussão cada vez maior. Jagger, Richards, Wood, Wyman e Watts lançaram vários álbuns solo durante a década de 80 e 90.

Os Stones adentraram a década de 90 com uma nova gravadora, a CBS, em meio a rumores de que Mick Jagger e Keith Richards não podiam nem mesmo dividir uma mesma sala sem se engalfinharem. Os constantes boatos sobre a dissolução da banda ajudaram a catapultar o interesse e a expectativa da turnê e as vendas do álbum Steel Wheels (1989), tornando-a a maior da banda em todos os tempos até então. Os problemas pessoais foram colocados de lado e a banda se apresentou como nos velhos tempos, auxiliada pela habitual parafernália de palco tendo participação durante a turne,do Guns N’ Roses que estava explodindo no cenário musical,como banda de abertura. Reflexo disso é o álbum Flashpoint de 1990 que traz os Stones de volta aos palcos depois de sete anos.

Foi também à partir dessa turnê que os Stones tornaram-se experts nos negócios, transformando-se em uma banda multimilionária, com administração autônoma e profissional, alcançando espaços na mídia até então nunca vistos, tendência que permitiu as sucessivas bem-sucedidas turnês seguintes e um exemplo de exposição e fixação da “marca” The Rolling Stones.

1991-2000

O outro membro original, Bill Wyman, que deixa o grupo em 1993, ainda mantém fortes ligações com a banda, à exemplo de seu pub em Londres, o Sticky Fingers, totalmente decorado com inúmeras fotos, instrumentos e discos de ouro, entre outras lembranças dos Stones. Para o seu lugar é escalado o baixista Darryl Jones, que é apenas músico contratado, não sendo considerado membro oficial.

Em 1994, após um longo período de inatividade, é lançado com grande estardalhaço o álbum Voodoo Lounge, seguido pela turnê de mesmo nome (que passou pelo Brasil). A turnê que se iniciou em 19 de julho de 1994 em Toronto, Canadá, e foi encerrada em 30 de agosto de 1995 em Rotterdam, Holanda, arrecadou em torno de US$ 400 milhoes. Aproveitando a repercussão, todas as gravações da banda são relançadas em CD. O álbum de 1995, Stripped, foi mais intimista, com versões acústicas de vários de seus maiores sucessos e uma regravação gloriosa para “Like a Rolling Stone”, clássico de Bob Dylan.

No ano seguinte lançam The Rock And Roll Circus, trilha sonora de um filme arquivado desde 1968. O CD inclui uma apresentação de diversos artistas, como Jethro Tull, The Who, Marianne Faithfull, então esposa de Jagger e The Dirty Mac que nada mais é que uma pré-versão da Plastic Ono Band. Essa formação incluiu, além de John Lennon e Yoko Ono, Eric Clapton, Keith Richards (no baixo) e Mitch Mitchell, baterista do The Jimi Hendrix Experience.

Ainda em 1997 sai Bridges of Babylon, com uma capa luxuosa e uma excursão mundial igualmente cara, completa, com dois palcos, um maior e outro menor instalado no meio do público. Inclui também uma ponte para a banda atravessar do palco principal para o menor, sendo que neste executam basicamente clássicos sem o acompanhamento de metais e backing vocals voltando às raízes da banda nos anos 60 e, assim, inauguram um novo estilo de apresentações que se seguiram nas turnês seguintes. Com dois shows no Brasil, um em São Paulo e o outro no Rio de Janeiro (com participação mais que especial de Bob Dylan, inclusive abrindo os shows para a banda), confirmaram o país com status de rota obrigatória. Retrato dessa turnê foi o lançamento do álbum ao vivo No Security, em 1998.

A partir de 2001

Para comemorar os 40 anos do grupo, em 2002 lançam o álbum duplo Forty Licks (1962-2002) que traz, além de 36 sucessos da banda, 4 novos hits (Don’t Stop, Keys To Your Love, Stealing My Heart e Losing My Touch), sendo o primeiro uma espécie de resumo da perseverança característica da banda, atingindo bastante sucesso. Em 16 de agosto do mesmo ano com um show em Toronto (Canadá) os Stones lançam uma de suas maiores turnês - a Licks Tour (detalhe para a música Heart of Stone, não tocada ao vivo desde 5 de dezembro de 1965). Esta longa turnê passou por todos os continentes do planeta, tendo sido encerrada em 9 de novembro de 2003, em Hong Kong. Mantendo o status de maior banda de rock & roll do mundo e a tradição de suas espetaculares apresentações, montam estruturas distintas e específicas para shows em arenas, estádios e teatros, além de private shows. Ao final do mesmo ano lançam o esplêndido DVD quádruplo Four Flicks, mostrando cada um dos formatos de suas apresentações e toda a vitalidade dos músicos sessentões.

Quando todos imaginavam o fim da banda, devido a um câncer na garganta do baterista Charlie Watts diagnosticado em junho de 2004 e curado em fevereiro de 2005, o vigor incansável do quarteto com ênfase às belas letras de Jagger e Richards (conhecidos como The Glimmer Twins desde os anos 70, pela ligação existente entre eles, além das lendárias histórias que protagonizaram) produz um de seus melhores albuns de estúdio de todos os tempos. Lançado em 2005 A Bigger Bang traz uma sonoridade crua e voltada às raízes da banda: rock and roll, blues e rhythm and blues, além das pegadas das guitarras da dupla Richards/Wood, bem como para a harmônica melodiosa de Jagger, as 16 fortes canções do álbum mostram a excelência e competência de Jagger/Richards/Watts/Wood. Para a divulgação do álbum, mais uma vez iniciando em Toronto (em 10 de agosto de 2005), a banda se lança na estrada com a turnê do mesmo nome.

Em 18 de fevereiro de 2006, os Rolling Stones voltaram ao Brasil para o show da turnê A Bigger Bang. O show, gratuito, foi realizado nas areias da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, para um público estimado em 1,5 milhão de pessoas, entrando para a história como o maior show da banda e um dos maiores concertos de rock de todos os tempos.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Confissão de um estagiário!

Fui demitido. Justa causa.

Como estagiário, aprendi milhões de coisas e fui muito bem sucedido nas minhas funções. Juro que não entendo o porquê de me demitirem...
Eu tinha várias funções que fazia com excelência, entre elas:

1. Tirar xerox. 3.1 segundos por página.

2. Passar café.

3. Comprar cigarro e pão. 1 minuto e 27 segundos. Ida e volta.

4. Fazer jogos na Mega-Sena, Du pla-Sena, Lotofácil, Loteria Esportiva...

Eu era muito bom. Mesmo. Fazia tudo certinho, até que peguei certa confiança com o pessoal e resolvi fazer uma brincadeirinha inocente.

É impressionante o nível de stress em um ambiente de trabalho.
Quis dar uma amenizada na galera, deixar o povo feliz e fui recompensado com uma bela de uma demissão por justa causa. Puta sacanagem!

Vou contar toda minha rotina desse dia catastrófico.

Era quinta-feira, 27 de março, quando cheguei ao trabalho.

Nesse dia, passei na padaria no meio do caminho.
Demonstrando muita proatividade, comprei pão e 3 Marlboro. Já queria ter na mão sem nem mesmo me pedirem. Quando abri a agência (sim, me deixam com a chave porque o pessoal só começa a chegar lá pelas 11h), já vi uma montanha de folhas para eu xerocar na minha mesa. Xeroquei tudo, fiz café e deixei tudo nos trinques (minha mãe que usa essa gíria rs).
Como tinha saído um pouco mais cedo no outro dia, deixaram um recado na minha mesa: "pegar o resultado da mega-sena na lotérica".
Como tinha adiantado tudo, fui buscar o resultado. No meio do caminho, tive a ideia mais genial da minha vida e, consequentemente, a mais estúpida.

Peguei o resultado do jogo: 01/12/14/16/37/45. E o que fiz?
Malandro que sou, peguei uns trocados e fiz uma aposta igual a essa. Joguei nos mesmos números, porque, na minha cabeça claro, minha brilhante ideia renderia boas risadas. Levei os 2 papeizinhos (o resultado do sorteio e minha aposta) para a agência novamente.
Ainda ninguém tinha dado as caras. Como sabia onde o pessoal guardava os papeis das apostas, coloquei o jogo que fiz no meio do bolinho e deixei o papel do resultado à parte.

O pessoal foi chegando e quase ninguém deu bola pros jogos. Da minha mesa, eu ficava observando tudo, até que um cara, o Pedro começou a conferir.
Como eu realmente queria deixar o cara feliz, coloquei a aposta que fiz naquele dia por último do bolinho, que deveria ter umas 40 apostas.
Coitado, a cada volante que ele passava, eu notava a cara de desolação dele. Foi quando ele chegou ao último papel.
Já quase dormindo em cima do papel,vi ele riscando 1, 2, 3, 4, 5, 6 números. Ele deu um pulo e conferiu de novo.
Esfregou os olhos e conferiu de novo, hahahaha. Tava ridículo, mas eu tava me divertindo.
Deu um toque no cara do lado, o Rogério, pra conferir também.
Ele olhou, conferiu e gritou:
-"PUTA QUE PARRRRRRRRIUUUUUUUUUU, TAMO RICO, PORRA". Subiu na mesa, abaixou as calças e começou a fazer girocóptero com o pau.

Óbvio que isso gerou um burburinho em toda a agência e todo mundo veio ver o que estava acontecendo.
Uns 20 caras faziam esse esquema de apostar conjuntamente. 8 deles, logo que souberam, não hesitaram: correram para o chefe e mandaram ele tomar bem no olho do cu e enfiar todas as planilhas do Excel na buceta da arrombada da mulher dele.
No meu canto, eu ria que nem um filho da puta. Todos parabenizando os ganhadores (leia-se: falsidade reinando, quero um pouco do seu dinheiro), com uns correndo pelados pela agência e outros sendo levados pela ambulância para o hospital devido às fortes dores no coração que sentiram com a notícia.

Como eu não conseguia parar de rir, uma vaquinha veio perguntar do que eu ria tanto. Eu disse:
-"puta merda, esse jogo que ele conferiu eu fiz hoje de manhã.
A vaca me fuzilou com os olhos e gritou que nem uma putalouca:
-"PAREEEEEEEEEEM TUDO, ESSE JOGO FOI UMA MENTIRA.UMA BRINCADEIRA DE MAU GOSTO DO ESTAGIÁÁÁÁÁÁÁRIO"
Todos realmente pararam olhando pra ela. Alguns com cara de "quê?" e outros com cara de "ela tá brincando".
O cara que tava no bilhete na mão, cujo nome desconheço, olhou o papel e viu que a data do jogo era de 27/03.
O silêncio tava absurdo e só eu continuava rindo. Ele só disse bem baixo:
- É...é de hoje.
Nesse momento, parei de rir, porque as expressões de felicidade mudaram para expressões de 'vou te matar'.
Corri... corri tanto que nem quando eu estive com a maior caganeira do mundo eu consegui chegar tão rápido ao banheiro.
Me tranquei por lá ao som de "estagiário filho da puta", "vou te matar" e "vou comer teu cu aqui mesmo". Essa última foi do peladão !

Eu realmente tinha conseguido o feito de deixar aquelas pessoas com corações vazios, cheios de nada, se sentirem feliz uma vez na vida.
Deveriam me dar uma medalha por eu conseguir aquele feito inédito. Mas não... só tentaram me linxar e colocaram um carimbo gigante na minha carteira de trabalho de demissão por justa causa. Belos companheiros!

Pelo menos levei mais 8 neguinho comigo ! Quem manda serem mal educados com o chefe. Eu não tive culpa alguma na demissão deles.
Pena que agora eles me juraram de morte...agora tô rindo de nervoso.
Falei aqui em casa que fui demitido por corte de verba (consegui justificar dizendo que mandaram mais 8 embora, rs) e que as ligações que tenho recebido são meus amigos da faculdade passando trote.
Eu supero isso, tenho certeza.

É, amigos, descobri com isso que não se pode brincar em serviço mesmo...

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Revista Cultural na Casa das Rosas.

Venha assistir a uma Revista Cultural ao vivo e em cores, sem playback nem reprise: aqui e agora. Esta é a proposta do projeto Revista Cultural, uma parceria da Casa das Rosas com a banda Babilaques. A estrutura da revista busca a diversidade. A partir de um eixo temático, o evento passa pela música, cinema, internet e literatura. Um mosaico de linguagens e referências que será compartilhado com o público.

A primeira edição do evento será no dia 26 de agosto, às 20 horas, na Casa das Rosas, e homenageia o poeta Haroldo de Campos. Esperamos por você!

Serviço

Projeto Revista Cultural
Dia 26 de agosto, às 20h
Local: Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura
Av. Paulista, 37
Próximo à Estação Brigadeiro do Metrô
Tel.: (11) 3285-6986

Poiesis – Organização Social de Cultura
Assessoria de Comunicação
Dirceu Rodrigues
Tel.: (11) 3285-6986 – ramal 213
dirceurodrigues@poiesis.org.br

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Sobre Fidel e Cuba.

Danielle, eu morei em Cuba durante um ano num intercâmbio científico. Não consigo com prender seu posicionamento. Evidente que a população reclama, e muito, de suas desventuras com a incrível falta de bens básicos. Mas todos têm consciência clara de que vivem sob a terrível ditadura imposta não por Fidel, mas pelos Estados Unidos nos últimos mais de 40 anos. Como é possível pensar numa abertura de mercado e de interação com o mundo se o país simplesmente não pode ter qualquer contato comercial com parceiros comerciais estrangeiros em função do bloqueio americano? É preciso mencionar que as visitas feitas por mandatários estrangeiros a Cuba não podem ser de caráter comercial. São simplesmente visitas com a intenção de chamar a comunidade internacional a prestar atenção ao grave problema enfrentado pela ilha. Desde o início do embargo imposto, já passaram 8 presidentes pela casa branca. Nenhum deles, seja republicano ou democrata, sequer cogitou o fim dessa ação absolutamente ditatorial. Ou podemos entender como normal que outro país tenha seu destino ditado por uma nação estrangeira e alheia a cultura local? Oras, alguns argumentam aqui sobre os índices de pobreza, saúde e outros como prova inconteste do mau governo de Fidel. Pergunto: Se em nossa casa nossos vizinhos resolvessem que deveríamos ficar trancados sem a menor possibilidade de comprar e vender para gerar receita que pudesse ser revertida para outros bens preciosos de uma casa, como faria? Além da tentativa de criar uma linha de contrabando, que mais nos restaria? De quem você teria raiva? De seus pais ou de seu vizinho?

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Comentário encontrado na net.

Enviado por: Elaine

Dia 15/08/2009 a oposição, orkuteiros e sites como o (Terra) e midia estão organizando um Movimento FORA SARNEY em 14 cidades.
Porém como é do conhecimento de todos, hoje temos 81 senadores, e todos sem exceção com algum desvio ético, corrupto, moral, sendo assim, este Movimento Fora Sarney se torna incompreensível, por que só o Sarney?

Me diz uma coisa: E o Arthur Virgilio: R$ 800.000,00 para a mãe, viagem para Europa, funcionário fantasma morando na Europa recebendo salários e horas extras, funcionario Personal Trainner, tudo pago por nós. NADA DE FORA VIRIGILIO? Este corrupto pode ficar?

O Heráclito Fortes(DEM), durante anos, empregou a filha do FHC, a qual nunca foi trabalhar, a mesma recebeu salários, horas extras. O Heráclito também pode ficar?NADA DE FORA HERÁCLITO?

O Alvaro Dias(PSDB) sonegou R$ 6.000.000,00 para a Receita Federal? Também pode ficar?NADA DE FORA ALVARO?

O Sérgio Guerra (PSDB) sonegou um haras. Também pode ficar?NADA DE FORA SÉRGIIO GUERRA?

O Demóstenes do grampo falso do DEM, tb pode ficar?NADA DE FORA DEMÓSTENES?

O Efraim Moral(DEM) cheio de acusações de desvio de dinheiro de empresas terceirizadas. Tb pode ficar?NADA DE FORA EFRAIM?

O Marconi Pirilo (PSDB) é acusado de vários crimes, dentre eles: formação de quadrilha. Tb pode ficar?NADA DE FORA MARCONI?

E nós que queremos e desejamos uma Reforma Politica para todos, não esta seletiva que a imprensa deseja, vamos ficar assistindo este Movimento todo, tirarem o Sarney, e permitir que os demais tomates podres continuem no cesto?

Ficando quietos, estamos acatando a oposição , a midia tirar o Sarney e permanecer com os demais corruptos ali dentro.

Está correto isso? Não vamos mudar nada? Vamos ficar satisfeitos somente com a saida do Sarney?

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Lei anti fumo em São Paulo - parte 2

Alguns comentários sensatos pinçados na internet.

Enviado por: Luis Armidoro

Nassif, tudo bem?

Este é o início do Novo Fascismo:

1 - Todos são suspeitos, então todos vigiam todos. O dedo-duro, o cagueta, - ao invés de ser execrado, é o herói dos novos tempos.

2 - Quem fuma (ou quem é diferente) deve ser excluído do convívio com os eleitos (não lhe parece uma política higienista que foi popular em um país europeu dosanos 1930?).

3 - Logo, proibirão amendoim (dá coceira, e cidadãos saudáveis não têm coceira), queimarão em fogueiras públicas cartoons de Angeli, Spacca, etc (arte degenerada, e cidadãos saudáveis não apreciam ou toleram arte degenerada); e tomarão outras medidas a favor da saúde pública, já que você é incapaz de saber o que é certo ou errado.

Definitivamente, Nassif, isto demosntra a que ponto chegou o Estado de SP em seu declínio constante.

Ou vi no rádio que, se alguém quiser fumar deve ir para a rua (e o estabelecimento deve fechar portas e janelas). Então é mais seguro, com o vírus H1N1 e outras moléstias de veiculação aérea, enfiar várias pessoas em ambientes fechados - com circulação e troca de ar restritos; do que deixar um camarada dar suas baforadas.

Não fumo, mas não me incomodo com quem fuma - para que havia áreas de fumantes e não fumantes em bares e restaurantes? Até nos cinemas antigos havia o fumoir.

Preparem-se, é apenas o começo.

Enviado por: Clovis Campos

Serra enlouqueceu e está levando os paulistas à loucura? Parece ser mais insano que a proibição dos biquines por Jânio. Ou sair multando motorista transgressor. O histrionismo não é marca de Serra.

A adoção de teses moralistas, estimulação do dedurismo, a criação de clima de perseguições, de caça às bruxas, não é comportamento esperado de pessoas equilibradas. Por outro lado, já vivi bastante para saber que coisas assim não são descoladas de um projeto maior. Embora pareça, não é apenas insanidade: qui prodeste?

Enviado por: duvidoso

Ótimo Nassif,

Eu também tenho o mesmo questionamento. Quem elouqueceu? Aqui em sampa, os governantes estão tomando medidas e ninguém fala nada. Aceita-se quase tudo com passividade.

Primeiro foram os caminhões depois vans, fretados, cigarros…

A cada proibição aceita, vai se criando precedentes e abrindo caminho para outras. Fora pequenos grupos ativos, onde está a sociedade crítica paulista?

Ps. O Antonio Fagundes também esta p. da vida e falou que vai bater de frente. Na peça que está estreando, vai acender o cigarro.

Enviado por: Rodrigo Lima

Não fumo e odeio cigarro. Mas uma coisa é certa: essa medida do Serra é fascismo puro. George Orwell manda lembranças.

Enviado por: WALDIR

Com propostas que demonstram provocar a sociedade e chamar a atenção, o governo de Saõ Paulo exerçe seu mandato.
A lei contra os fretados , como que “magica”, acabou com os congestionamentos mostrados na tv, um espetáculo.
Propõe aumentar o salario dos policiais em até 100% se deixar de fazer o “bico”, ou seja ele vai criar uma lei para remunerar melhor os policiais?Propõe salarios de ate R$ 7.000,00 para professores, se forem aprovados nos testes, então é possivel aumentar o salario?
E agora a lei da fumaça.
E tudo isso devidamente divulgados com gastos em publicidade da ordem de 67 milhões.
Lí que o governo fez um acordo com as operadoras para propagar a nova lei, e enviará mensagens a 25 milhões de usuarios, um “spam” telefonico.
Essa atenção que os governantes estão chamando define o voto antecipado do eleitor, o mesmo vale para a esfera federal.
Nada que uma caneta não faça, o problema é quem segura essa caneta.
Caminhamos perigosamente proximos a barbarie.
Hoje é a fumaça do cigarro, amanhã pode ser o fato de espirrar em publico (pode dar cadeia, com o pânico instalado o que impede?).
E a gloriosa camara de vereadores e assembleia legislativa, onde estão?

Enviado por: Fábio Peres da Silva

Não se espante com essa visão absurda, Nassif.

São Paulo há muito tempo embarcou na visão neofascista do governo Serra e de uma parcela significativa dos formadores de opinião de que medidas restritivas são a única forma de se manter a ordem diante do caos social (sendo que o caos é representado pela política absurda de Brasília).

Consideremos os fatos: a grande maioria da população não fuma, e se fuma dificilmente será afetada por leis que trabalham com o cotidiano normal do cidadão; some-se aos “tabachatos” de plantão, aqueles que vibram com cada passo do estado policial antifumo mas que não cuidam bem nem da própria saúde, ou da sua vida social.

Sinto, com o perdão da palavra, profunda vergonha de ser paulista e paulistano nesse momento; estamos validando uma ditadura no melhor estilo “Admirável Mundo Novo”, ou “1984″, desde que disseram que leis de cunho autoritário resolveriam todos os problemas - vem desde a “Cidade Limpa”, que tirou a propaganda mas não colocou amor no lugar; dá profundo desprezo de viver num Estado no qual a “orrrrdem” virou pretexto para impor qualquer tipo de barbaridades à grupos minoritários da população.

E, a propósito, Kassab está recuando um pouco no Cidade Limpa - talvez porque está faltando $$$ para pagar as contas da “cidade perfeita” que ele inventou … palhaçada …

Lei anti fumo em São Paulo.

Anarquista que sou, creio que toda diferença deva ser resolvida pela conversa entre os diferentes e não por leis que regem costumes. E a conversa deve ser em todos os níveis. Inclusive de cidadão para cidadão. Leis de cima para baixo são sempre ditatoriais. Outra coisa. Não fumantes agora aparecem com "meus impostos não devem ser usados para pagar tratamento de saúde para fumantes", então eu, fumante, digo: "Meus impostos não devem ser usados para consertar a rua em frente a casa do não fumante". A lei cria na verdade antagonismo que pode levar a formação de cidadãos de segunda classe. Ao invés de procurar a paz pela educação e criação do respeito mútuo entre os concidadãos, a lei acentua as diferenças e traz a tona a possibilidade de se expressar o rancor através da denúncia vazia.

Grandes regimes ditatoriais do passado não tão distante começaram pela implementação de leis restritivas de liberdades civis, que vistas isoladamente não pareciam tão cruéis a grande parcela da população. Na medida que outras iam se impondo, completava-se verdadeiros pacotes de mão governamental pesada.

Pergunto: como é possível determinar a convivência entre pares através de leis governamentais?

quarta-feira, 22 de julho de 2009

PALMEIRAS!!!!!!!!!!!!!



O melhor técnico no maior time do mundo!!

terça-feira, 14 de julho de 2009

Parabéns!



por Hélio Campos Mello, diretor de redação

Foi com uma boa dose de euforia e esperança que há dois anos apresentamos a Brasileiros aqui neste espaço. Hoje, aproveitando a comemoração de nosso segundo aniversário, cabe um pequeno balanço com relação ao que então nos propusemos.

Mais que uma apresentação, aquela foi uma carta de intenções. Dissemos que Brasileiros seria uma revista de reportagens com foco no Brasil, nos seus grandes temas, seus desafios e, principalmente, nos seus habitantes e suas histórias. Nesses dois anos fomos atrás dos brasileiros célebres, dos anônimos, dos feios, dos bonitos, dos pobres, dos ricos. Entrevistamos a escritora Lygia Fagundes Telles quando ela mudou de editora; falamos com seu Apolinário Dias, que vende fumo de corda na estrada em São Brás do Suaçuí, em Minas; conversamos com o ministro Guido Mantega em meio à crise; com Arlinda Rocha e Silva, a diarista; falamos com Bruna Lombardi e Carlos Alberto Riccelli; refizemos os caminhos de Guimarães Rosa, os de Mario de Andrade e os de Lampião; conversamos com o mítico locutor Silvio Luiz ; com o treinador Muricy Ramalho; com o dirigente Luiz Gonzaga Belluzzo. Nossas páginas foram frequentadas pelo flamenguista Ruy Castro e pelo corintiano Washington Olivetto. Em uma edição visitamos a região do pré-sal, em outra o lugar de onde sairá nosso submarino nuclear.

Também dissemos, naquela apresentação, que, como o País, Brasileiros seria uma revista plural, nem chapa branca nem chapa preta, e aqui em nossas páginas, estiveram o prefeito Kassab e o presidente Lula.

Por outro lado, assim como naquele momento, hoje continuamos acreditando na possibilidade de ser competitivo sem ser predador, sem ser sensacionalista, sem ser chantagista. Continuamos acreditando e praticando um jornalismo sem preconceitos, sem arrogância, sem perder nem o humor nem a paixão.

E é com a mesma euforia e a mesma esperança de dois anos atrás que compartilhamos o prazer desta comemoração com nossos leitores, com nossos anunciantes, com nossos parceiros e com nossos colaboradores. Parabéns!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Prêmio de Lula orgulha o país, mas imprensa esconde

Diante da manifesta má vontade demonstrada pela imprensa neste episódio da cobertura da entrega do Prêmio da Unesco, dá para entender porque o governo Lula procura formas alternativas para se comunicar com a população fora da grande mídia

Ricardo Kotscho

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu ontem à noite, em Paris, o prêmio Félix Houphouët-Boigny concedido pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura).

Presidido por Henry Kissinger, ex-secretário de Estado dos Estados Unidos, o júri premiou Lula "por sua atuação na promoção da paz e da igualdade de direitos".

Não é um premiozinho qualquer. Entre as 23 personalidades mundiais que receberam o prêmio até hoje - anteriormente nenhum deles brasileiro - , estão Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul, Yitzhak Rabin, ex-premiê israelense, Yasser Arafat, ex-presidente da Autoridade Nacional Palestina, e Jimmy Carter, ex-presidente dos Estados Unidos.

Secretário-executivo do prêmio, Alioune Traoré lembrou durante a cerimonia na sede da Unesco que um terço dos vencedores anteriores ganhou depois o Prêmio Nobel da Paz.

Pode-se imaginar no Brasil o trauma que isto causaria a certos setores políticos e da mídia caso o mesmo aconteça com Lula.

Thaoré disse a Lula que, ao receber este prêmio, "o senhor assume novas responsabilidades na história".

Mas nada disso foi capaz de comover os editores dos dois jornalões paulistas, Folha e Estadão, que simplesmente ignoraram o fato em suas primeiras páginas. Dos três grandes jornais nacionais, apenas O Globo destacou a entrega do prêmio no alto da capa.

Para o Estadão, mais importante do que o prêmio recebido por Lula foi a manifestão de dois ativistas do Greenpeace que exibiram faixas conclamando Lula a salvar a Amazônia e o clima. "Ambientalistas protestam durante premiação de Lula", foi o título da página A7 do Estadão.

O protesto do Greenpeace foi também o tema das únicas fotografias publicadas pela Folha e pelo Estadão. No final do texto, o Estadão registrou que Lula pediu desculpas aos jovens ativistas, retirados com truculência pela segurança, e "reverteu o constragimento a seu favor, sendo ovacionado pelo público que lotava o auditório".

"O alerta destes jovens vale para todos nós, porque a Amazônia tem que ser realmente preservada", afirmou Lula em seu discurso, ao longo do qual foi aplaudido três vezes quando pediu o fim do embargo a Cuba e a criação do Estado palestino, e condenou o golpe em Honduras.

"Sinto-me honrado de partilhar desta distinção. Recebo esse prêmio em nome das conquistas recentes do povo brasileiro", afirmou Lula para os convidados das Nações Unidas.

A honraria inédita concedida a um presidente brasileiro, motivo de orgulho para o país, também não mereceu constar da escalada de manchetes do Jornal Nacional. A notícia da entrega do prêmio no principal telejornal noturno saiu ensanduichada entre declarações de Lula sobre a crise no Senado e o protesto do Greenpeace.

É verdade que ontem foi o dia do grande show promovido nos funerais de Michael Jackson, mas também ganhou destaque na escalada e no noticiário a comemoração pelos quinze anos do Plano Real (tema tratado neste Balaio na semana passada) promovida no plenário do Senado, em que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso aproveitou para atacar Lula.

Diante da manifesta má vontade demonstrada pela imprensa neste episódio da cobertura da entrega do Prêmio da Unesco, dá para entender porque o governo Lula procura formas alternativas para se comunicar com a população fora da grande mídia.

Muitas vezes, quando trabalhava no governo, e mesmo depois que saí, discordei dele nas críticas que fazia à atuação da imprensa, a ponto de dizer recentemente que não lia mais jornais porque lhe davam azia.

Exageros à parte, mesmo que esta atitude beligerante lhe cause mais prejuízos do que dividendos, na minha modesta opinião, o fato é que Lula não deixa de ter razão quando se queixa de uma tendência da nossa mídia de inverter a máxima de Rubens Ricupero, aquele que deu uma banana para os escrúpulos.

"O que é bom a gente esconde, o que é ruim a gente divulga", parece ser mesmo a postura de boa parte dos editores da nossa imprensa com um estranho gosto pelo noticiário negativo, priorizando as desgraças e minimizando as coisas boas que também acontecem no país.

Valeu, Lula. Parabéns!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Rolling Stones - Revista Pop, setembro de 1974. Extraido do blog VELHIDADE de Eduardo Menezes



QUEM: .......... Rolling Stones
O QUE: .......... Os deuses malditos do rock
QUANDO: ..... Setembro de 1974
ONDE: ........... Revista Pop
EDITORA: ..... Abril

terça-feira, 30 de junho de 2009

Rolling Stones - Revista Pop, agosto de 1975. Extraido do blog VELHIDADE de Eduardo Menezes




http://velhidade.blogspot.com/2009/06/rolling-stones.html

Sexta-feira, 26 de Junho de 2009
Rolling Stones
.
QUEM: .......... Rolling Stones
O QUE: .......... Faça a sua viagem com os Stones
QUANDO: ..... Agosto de 1975
ONDE: ........... Revista Pop
EDITORA: ..... Abril

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Participação no 8º Giro de Comunicação da UniUv 3

Uma noite para ficar marcada na memória dos acadêmicos de Comunicação Social

Repórter: Bárbara Sales

Terça-feira, 16 de junho de 2009, tornou-se uma noite histórica para os acadêmicos do curso de Comunicação Social do Centro Universitário de União da Vitória (Uniuv). Nesse dia, os cursos contaram com a presença, na segunda etapa do 8º Giro da Comunicação, de um dos grandes nomes da comunicação brasileira: Hélio Campos Mello.

Com uma experiência de quase 40 anos dedicados à comunicação, Campos Mello fez um resumo de sua carreira como fotógrafo e jornalista nos principais veículos de comunicação brasileiros e também de suas coberturas jornalísticas mais marcantes. Além disso, ele contou sobre o processo de criação da revista Brasileiros, da qual é sócio-fundador.

Durante a palestra, os acadêmicos ouviram atentamente os relatos de Campos Mello sobre a época em que foi correspondente de guerra cobrindo a invasão americana no Panamá e também a Guerra do Golfo, em 1991, um dos períodos mais marcantes de sua carreira. “Sempre tive uma atração por fotografia de guerra. É místico, desafia a morte. Tinha atração pelo perigo, hoje não tenho mais”, comentou.
Campos Mello falou ainda de suas experiências nos meios de comunicação brasileiros. “Cheguei na IstoÉ quando a revista tinha um mês e lá fiquei por 12 anos. Comecei como fotógrafo e acabei como diretor de redação, graças a chatice de Mino Carta”, brincou.

Sobre a revista Brasileiros, publicação mensal de reportagens, o jornalista falou aos acadêmicos sobre as dificuldades de se fazer uma revista com essa característica e ainda ser independente, diferente de todas as publicações semanais conhecidas no País. “Quando saí da IstoÉ, estava cheio de ver as revistas e os jornais mostrando apenas o lado ruim do Brasil. Temos que olhar o Brasil com olhos mais interessados do que mal humorado”, disse. Ele ressaltou que por mostrar o Brasil com uma visão diferente, são acusados de ser uma revista ‘chapa branca’. “Tragédias e denúncias vemos todos os dias nos jornais. Precisamos enxergar as coisas boas do Brasil, para que possamos sentir orgulho de sermos brasileiros”, completou. Para Campos Mello, a Brasileiros é uma massa de modelar. “Modelamos ela a cada mês, sem vergonha de expressar paixão, convicção e atitude”, afirmou.

Participação no 8º Giro de Comunicação da UniUv 2

Brasileiros: a revista que nasceu da paixão pelo jornalismo com convicção e atitude

Repórter: Veridiane Sander

Foi com essas palavras que o gerente de parcerias e assinaturas da revista Brasileiros, Mario José da Silva, começou sua palestra na quarta-feira, 17, na sala de eventos do Centro Universitário de União da Vitória (Uniuv), finalizando a segunda etapa do 8º Giro da Comunicação. Silva enfatizou os objetivos da Brasileiros e ressaltou que ela nasceu da paixão por um jornalismo com convicção e atitude. “É a criação de gente que acredita que o jornalismo é um jeito de expressar paixão”, disse. Segundo Silva, a Brasileiros valoriza os ensaios do autor, sem se deixar levar por intelectualismo arrogante e sem ter vergonha de ser bonita e vibrante.

Durante a palestra ele contou que, mensalmente, são vendidos 12.500 exemplares da revista, sendo distribuídos aos mais diferentes públicos como empresários, acadêmicos, executivos de agências de publicidade e de grandes empresas, diretores das principais universidades nacionais, governadores, prefeitos entre outros. “O público-alvo da revista são, principalmente, os cidadãos brasileiros que buscam informação confiável, não sensacionalista, mas profunda, porém leve para quem lê”, comentou. Silva disse ainda que o que mantém a Brasileiros é a paixão pelo que seus 21 funcionários fazem, além da humildade de saber que ninguém faz nada sozinho. “A revista é um trabalho de todos, pois um depende do outro e todos juntos fazem o resultado final”, afirmou.

Entrando para a equipe da Brasileiros

Palmeirense, apaixonado pelos Rolling Stones, casado com Tati e pai da Laressa e do João, Silva conheceu a Brasileiros em seu primeiro número em uma das tantas bancas de jornal que visita em São Paulo. “Carreguei exemplares por muito tempo e adorava a revista. Até que lá pela edição 11 ou 12, fiz uma visita a redação da Brasileiros para fazer uma entrevista com Helio Campos Mello, dono da revista. Enquanto falava com ele, passou atrás de mim a Patrícia, mulher do Hélio e sócia dele na revista, dizendo que eles não tinham ninguém que colocasse a revista na mão do leitor. Imediatamente falei: se quiser, eu faço isso!”, contou. Foi assim que Silva entrou para a equipe da Brasileiros, onde atualmente é gerente de parcerias e assinaturas. Ele explica que seu objetivo é procurar, todos os dias, uma nova maneira de mostrar aos leitores o que o pessoal da redação coloca em suas páginas.

Participação no 8º Giro de Comunicação da UniUv.

Mutação genética na maneira de informar: uma questão de sobrevivência para enfrentar a internet

Repórter: Clayton Burgath

No 8° Giro da Comunicação do Centro Universitário de União da Vitória (Uniuv), nas noites de 16 e 17 de junho, ocorreram palestras com profissionais da revista Brasileiros, com sede em São Paulo. No dia 17, Mário J. Silva, que versou sobre o comercial e a divulgação da revista, contou que na maioria dos meios de comunicação o maior problema está na captação de recursos para a expansão de um determinado veículo. “Não é uma revista que busca atrair o leitor com matérias bombásticas, como acontece em certas revistas. Nossa linha editorial exige de nosso público um requisito básico: gostar de ler, ler muito. Nossas reportagens são, em sua maioria, extensas, pois levam a uma reflexão, ao despertar”, comenta Silva.


A influência da internet na comunicação

Questionado sobre a influência da internet em meios de comunicação impressa, como a revista Brasileiros, que tem uma periodicidade mensal, além de exigir matérias atraentes ainda concorre com o imediatismo dos portais de notícias, Silva comenta que a Brasileiros, justamente por ser uma revista mensal, ainda não está sendo afetada. “Temos nosso site (www.revistabrasileiros.com.br) que nos serve de janela para atrair novos leitores da versão impressa”, afirma. Segundo ele, se bem usado, o site pode ser uma ferramenta de propaganda da revista, mas precisa constantemente ser atualizado. Ele conta que algumas matérias mencionadas na versão on-line somente constam na íntegra na versão impressa. Além disso, a revista usa seus inúmeros contatos de e-mail para envio de matérias.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Uma semana muito boa.


Agradeço a todos de União da Vitória e da UniUv que tornaram a minha presença e a do Hélio tão gratificante. Aos alunos todos um abraço especial. Continuem na sua busca da excelência em jornalismo.

Uma visão.


Uma visão da Baixada Santista em São Paulo. Na foto, em primeiro plano, Praia Grande. Subindo vemos São Vicente com destaque para a Ilha Porchat. Um pouco mais adiante Santos e sua baia. Findando a imagem vemos o Guarujá com toda a praia da Enseada na foto. Imagem feita por Mario em 19/06/09.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

A mão.


A mão. Estendida para União da Vitória/PR.

Amigos de União da Vitória




Em todas as viagens que faço para representar a Brasileiros pelo Brasil, tenho sido presenteado com novos amigos. Em União da Vitória/PR, nestas imagens, há apenas alguns deles. Mas são tantos mais que precisarei uma enorme galeria de fotos para que possa apresenta-los todos. Um grande abraço para Paulo, Fahena, Angela, Ana, Celli, Camila, Carlos, Murilo e Fabio. Esqueci de alguém ai das fotos? Me perdoe. Ainda estou um tanto cansado e com curta memória. Assim que eu tiver aqui mais imagens prometidas por um certo fotografo polaco, postarei.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

União da Vitória/UniUv

Hoje é meu último dia aqui com esses novos amigos que fiz na breve estada em União da Vitória para participar do 8º Giro de Comunicação com os alunos e professores da UniUv.

Quatro dias cheios e alegres. Ainda escreverei mais a respeito, mas por hoje quero deixar registrado meu sincero agradecimento a todos daqui que se empenharam tão diligentemente e inteligentemente para realizar essa nossa participação.

A palestra do Hélio Campos Mello foi com certeza uma das que ele mais sentiu prazer em fazer. Alunos e professores com silêncio respeitoso por sua carreira e perguntas que o faziam ter de pensar para responder. Após a palestra o jantar foi daqueles momentos únicos, onde é possível juntar pessoas simples para uma conversa descompromissada.

Medimos o sucesso de nossa participação não através dos números frios de quantas assinaturas conseguimos, mas quantos amigos novos incluímos em nossas vidas. E são muitos. Que me desculpem os que se virem fora de minha lista, mas garanto que é apenas por causa de minha curta memória para registrar nomes.

Muito obrigado Jucelli, Camila, Carlos, Barbara e a todos os alunos com quem tive o privilégio de conviver; logo seremos companheiros de trabalho em alguma redação do Brasil.

Obrigado professores Paulo, Lucio, Angela, Ana, Faena(aqui abro um parênteses: Faena, sua energia é encantadora!)

Que pena! Há tantos rostos que me vem a mente agora, mas que eu infelizmente ainda não consigo associar a um nome! Muito, muito obrigado a esses amigos novos que ainda me são anônimos.

Obrigado ao pai do Carlos, Mario como eu, que não esqueceu de sua promessa. Obrigado ao Mario Jr. por ter tido paciência com minha conversa desde Curitiba até Canoinhas.

Enfim, obrigado a todos vocês e espero nos reencontrar pessoalmente em breve!

Um grande abraço a todos e coragem para continuar seguindo firme na construção de seus sonhos.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Jornalismo-reportagem: a Brasileiros vai lá

Eu sinto muito orgulho de trabalhar numa revista como a Brasileiros. O texto abaixo, de autoria de Ricardo Kotscho, demonstra uma das vertentes do jornalismo praticado aqui que me satisfaz muito.

Fonte: http://www.revistabrasileiros.com.br/secoes/balaio-do-kotscho/noticias/725/

Jornalismo-reportagem: a Brasileiros vai lá
Brasileiros não telefona nem manda recados para saber o que está acontecendo de novo neste nosso imenso país: vai lá

Numa época em que boa parte do noticiário da velha e da nova mídia agora é produzida em entrevistas por telefone ou e-mail, com os repórteres saindo pouco de casa ou da redação, não deixa de ser alentador encontrar nas bancas uma revista como a Brasileiros, onde eu também trabalho, e que pode ser lida aqui no site ou mesmo no iG.

A edição de junho, com o cineasta José Padilha na capa - "Garapa - Cinema contra a fome" - já está nas bancas de São Paulo e, na próxima semana, vai ser distribuída nas principais cidades brasileiras.

Brasileiros não telefona nem manda recados para saber o que está acontecendo de novo neste nosso imenso país: vai lá. Desde o número zero, o objetivo de sua pequena equipe é mostrar personagens e cenários de um Brasil que não está na mídia.

Mês que vem, o sonho acalentado por toda uma geração de jornalistas brasileiros inspirados pela lendária revista Realidade, da Editora Abril, a melhor publicação impressa já criada no país, vai completar dois anos de vida.

É quase um milagre que uma revista mensal de reportagens, fora do main stream, sem a retaguarda de qualquer investidor capitalista, tocada apenas por jornalistas, sobreviva tanto tempo num mercado dominado por duas grandes empresas editoras e duas distribuidoras.

"Revista Brasileiros. Entenda profundamente." Este é o tema da belíssima campanha criada pelo Sergio Valente, da DM9DDB, já exibida na televisão e nos cinemas, que resume bem o espírito da revista. De fato, Brasileiros vai fundo nos assuntos e não economiza no espaço quando tem uma boa história para contar.

Na edição de junho, além da matéria de capa produzida no sertão do Ceará, onde Padilha filmou "Garapa", que ocupa 16 páginas, escrita por mim e com fotos antológicas de Manoel Marques, Brasileiros publica belas reportagens:

*"Revelações do assessor de Jango" - Contada por Washington Luiz de Araújo, a história de mais de meio século de vida do ex-deputado Cláudio Braga, cassado pela ditadura, que foi secretário particular de Jango em quase todo o tempo de exílio do ex-presidente e que hoje vive em Montevidéu.

* "O dia em que Sartre fundiu a cuca" - O repórter Alex Solnik resgata as cinco horas de entrevista, ao vivo, em francês, sem tradução e sem intervalo comercial levada ao ar numa TV brasileira no começo da década de 1960.

* "Os dois lados da Raposa Serra do Sol" - Com textos de José Cesar Magalhães e Daniel Veloso Hirata, e fotos de Fábio Braga, três jovens que se dedicam a "descobrir e registrar situações problemáticas e importantes do Brasil, mas nem sempre evidentes", a revista conta o que há por trás do conflito entre índios e arrozeiros em Roraima, no extremo norte do país.

Tem muito mais na 114 páginas da edição número 23, ainda com poucos anúncios, mas o suficiente para que a gente vá sobrevivendo nesta floresta de títulos que cobrem as nossas bancas de jornal.

Tema de várias teses de mestrado e TCCs (Trabalhos de Conclusão de Curso) em diferentes faculdades do país, a revista contraria a velha história de que brasileiro não gosta de ler textos mais longos. Se a história for boa e bem contada, lê, sim - e ainda faz pesquisa acadêmica

Por ter fé no Brasil e certeza de que este país tem jeito, apesar de todos os seus problemas e desafios seculares, os editores da revista comandada por Hélio Campos Mello, meu velho parceiro, fotógrafo de respeito, que foi por muitos anos diretor de redação da IstoÉ, publicam na última página, desde o primeiro número, a pergunta "Você acredita no Brasil?". Destaco duas respostas na edição que está nas bancas:

Danilo Santos de Miranda, diretor regional do SESC São Paulo:

"Sim, acredito! () "Em todos os meus papéis desempenhados como gestor, pai, eleitor e cidadão, atuei sempre com fé e segundo os princípios de que contribuímos de muitas formas para mudar o Brasil, a começar pela transformação do próprio olhar e pela forma como desejamos e expressamos ao mundo nossa maneira peculiar de lidar com a criatividade, com os prazeres e as dificuldades".

Danielle Matos Santos, 29 anos, assistente de cozinha:

"No Brasil eu acredito, mas não nas pessoas. Aqui ninguém respeita mais ninguém, as coisas estão muito difíceis. O Brasil é um país rico em terra, florestas e, principalmente em água doce. Já temos tudo, está aqui, mas as pessoas estão acabando com isso, não somente no Brasil, mas no mundo () Quer saber? Às vezes eu acho o Brasil uma bosta e, às vezes, uma maravilha, assim como a minha vida".

O preço da mercadoria? Apenas R$ 7,90, nas melhores bancas.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Lugares de São Paulo.




Avenida Nove de Julho e seu verde. Homenagem a Raul Cortez e visão interna da sede da Fecomercio.

Novo Cine Marabá.






Detalhes do novo Cine Marabá, na Avenida Ipiranga, São Paulo/SP.
Parabéns ao grupo PlayArte por apostar na revitlização não só desse histórico cinema, mas também no entorno do imóvel. É a cultura do cinema de rua voltando para a vida dos paulistanos.

Brasileiros na UnoMarketing





Mais uma parceria da Revista Brasileiros. UnoMarketing. 02/06 a 05/06/2009. Fecomercio - São Paulo/SP

terça-feira, 2 de junho de 2009

Exposição no Museu da Língua Portuguesa.

Museu da Língua Portuguesa recebe a França em grande exposição “O Francês no Brasil em todos os sentidos”
A partir de 11 de maio de 2009 em São Paulo

Museu Língua Portuguesa em São Paulo
Mostra trará pontos de contato entre as culturas brasileira e francesa; cenografia terá até uma rua parisiense no Museu da Estação da Luz

Foi aberta ao público, em 11/05, no Museu da Língua Portuguesa, a exposição “O Francês no Brasil em todos os sentidos”, primeira mostra binacional do Museu e também a primeira que não terá por tema uma obra literária ou autor. “Será um novo desafio que enfrentaremos com sucesso: levar ao público o diálogo entre duas culturas, não somente no universo literário e do idioma”, explica Antonio Carlos Sartini, diretor do Museu da Língua Portuguesa.

A curadoria também será franco-brasileira: à frente do lado francês do projeto, estão Henriette Walter, lingüista, e Benoit Peeters, teórico, crítico e roteirista. Pelo Brasil, a curadoria é do poeta e doutor em francês Álvaro Faleiros, com consultoria do escritor Milton Hatoum.

A exposição será permeada pelos pontos de contato dos idiomas e culturas dos dois países, Brasil e França. A começar por um pouco das origens comuns do idioma português e francês – e suas diferenças também. O público verá, por exemplo, como palavras de origem francesa foram absorvidas e transformadas pela língua portuguesa.

Culinária, moda, ciência, dança, música e literatura também serão abordadas, pois todas essas formas de arte no Brasil carregam uma forte influência da cultura francesa. O Francês no Brasil em todos os sentidos vai apresentar, também, como a nossa cultura assimilou e transformou as influências francesas de modo que muitas delas não são mais reconhecidas.

Será uma mostra com grande aparato cenográfico, dividida em 14 espaços expositivos diferentes, separados de acordo com o tema abordado. Além de uma cenografia muito especial (onde, por exemplo, será reproduzida uma típica rua de Paris), a exposição contará com recursos audiovisuais modernos para exibição de vídeos e áudios.

“Os curadores tiveram o maior cuidado de pensar uma exposição sobre o francês para pessoas que não falam tal idioma, já que grande parte dos nossos visitantes são estudantes. Entretanto, para os visitantes que dominam o francês a mostra trará boas surpresas também”, antecipa o diretor do Museu.

Sobre o Museu da Língua Portuguesa
Inaugurado em março de 2006, o Museu da Língua Portuguesa, da Secretaria de Estado da Cultura do Governo do Estado de São Paulo, foi criado pela Fundação Roberto Marinho no prédio da Estação de Luz, no Centro de São Paulo. Com aproximadamente 4 mil metros quadrados abertos para a visitação, que já receberam mais de 1,5 milhão de pessoas, o Museu da Língua Portuguesa apresenta ao público a história, a importância e as variações da língua Portuguesa, considerando-a como grande elo da identidade cultural do povo brasileiro. Além disso, oferece cursos e eventos para professores, estudiosos e público em geral, tudo sobre gestão da Poiesis – Organização Social de Cultura.

Serviço Museu da Língua Portuguesa

Endereço:
Praça da Luz, s/nº, Centro
São Paulo – SP
CEP: 01120-010

Contatos:
Telefone: (11) 3326-0775

E-mail: museu@museudalinguaportuguesa.org.br
Site: www.museudalinguaportuguesa.org.br

Horários
Bilheteria: de terça a domingo, das 10 às 17hs
Museu: de terça a domingo, das 10 às 18hs (não abre às segundas-feiras)
Obs: às últimas terças de cada mês, o horário é estendido até 22hs – bilheterias fecham às 21hs.

Ingresso: R$ 4,00 (quatro reais) – pagamento somente em dinheiro
Estudantes com carteirinha pagam meia-entrada
Isentos do pagamento de ingresso:

Professores da rede pública com holerite e carteira de identidade;
Crianças até 10 anos;
Adultos a partir de 60 anos.
Não há venda antecipada de ingresso.

Aos sábados a visitação ao Museu é gratuita.

Mais informações para a imprensa
Comunicare Consultoria de Comunicação
Adriana Cavalcanti – adriana@e-comunicare.com.br
Fabio Alberici de Mello – fabio@e-comunicare.com.br
Vivian Teixeira – vivian@e-comunicare.com.br
Tel.: (11) 5594 4174
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segunda-feira, 1 de junho de 2009

Em primeira mão, a capa!


A capa da edição 23 da Brasileiros em primeira mão.

Indignação!!!!!!

Um elemento que se julga superior enviou para mim um e-mail com a seguinte frase:
"Que no Nordeste só tem vagabundo é um fato. Se fossem trabalhadores, os estados do Nordeste estariam melhores do que São Paulo."

Minha resposta foi a que segue:


Deixando totalmente de lado a questão politica, falo apenas como cidadão deste tão grande país.

Sou nordestino, legitimo!! Nascido em casa, numa pequena e pobre cidade do interior pernambucano nos idos de 1967. Meu pai era como a grande maioria de sua época: pobre, com baixa escolaridade e sem perspectivas de melhora enquanto residente em Água Preta/PE. Mas havia algo dentro dele e de minha mãe que o impulsionou: o desejo de dar um futuro, senão imediatamente melhor, mas com possibilidades maiores ao seu primeiro filho. Os dois empenharam-se então numa arriscada viajem na época de Pernambuco até São Paulo. Eu tinha pouco mais de um ano de vida. Ao chegar aqui, este dito "vagabundo" apenas por ser nordestino, tornou-se peão de obra. Logo, graças a sua força interior e força física, já era encarregado de obras, sendo o responsavel por centenas de outros trabalhadores "vagabundos" que chegaram do nordeste com a mesma intenção de melhora na vida. Esse senhor, meu pai, chamado de "vagabundo" só por que nasceu no nordeste do país, deixou escrito de forma eterna seu nome em São Paulo através do concreto de obras feitas para os paulistanos de raça "pura e superior": Rodovia Imigrantes, Barragens e Eclusas do Rio Tiête, Metrô de São Paulo, linhas de transmissão de energia que ligam São Paulo ao sistema Furnas (algumas de suas unidades inclusive dentro das terras dos "vagabundos") etc. Suou todos os dias de sua juventude desde o raiar ao anoitecer, envelhecendo e construindo, ombro a ombro com "vagabundos" trabalhadores nordestinos, mineiros, capixabas, sulistas e até paulistas o estado em que hoje moram alguns que se consideram mais "puros, superiores, trabalhadores e inteligentes" que seus iguais. Eu sou nordestino! Eu não sou "vagabundo", meu pai não é "vagabundo", minha mãe não é "vagabunda", meu avô, minha avó, meus tios não são "vagabundos". Todos, absolutamente todos da minha família são trabalhadores que enfrentam suas dificuldades e adversidades e aproveitam suas conquistas com total honestidade, labuta e muito, mas muito mesmo, amor ao próximo. Amor ao próximo explicito em suas prontas ajudas a todo e qualquer cidadão, independente de sua origem. Minha família me ensinou assim! Eu ensino assim aos meus filhos, aos meus amigos, aos meus colaboradores em meu trabalho. Eu ajo assim com a minha esposa! Eu sou nordestino e não sou vagabundo!!!!!! Não admito que minha família e meus conterrâneos sejam chamados assim!!!!!

sábado, 30 de maio de 2009

Sábado de folga.

Hoje é meu primeiro sábado sem trabalho nos últimos dois meses. Estou completamente perdido. Acho que vou desligar isso aqui agora e sair para ver o mundo. Vou ao Museu da Língua Portuguesa, depois dou uma esticada até o Centro Cultural Banco do Brasil e, tendo tempo, vou até o Itaú Cultural. É isso ai. Abraços.

A poesia urbana de Cristiano Mascaro - Hélio Campos Mello





Fonte: http://www.revistabrasileiros.com.br/edicoes/22/textos/584/

Para ele fotografia só tem sentido quando é extraída da realidade. "Você tem que se virar com esse peso brutal que é enfrentar a pura realidade e passá-la para um pedaço de papel", diz Cristiano Mascaro. Nesta página e nas seguintes uma amostra do que será sua primeira exposição numa galeria. Ele nem lembra mais de quantas exposições já participou. Mas essa é a primeira numa galeria de arte comercial e vai acontecer em São Paulo, do dia 29 de maio a 20 de junho. "Quando eu vi fotos sendo vendidas por R$ 25 mil, com tudo o que eu já produzi, com tudo o que eu produzo, pensei que não posso ignorar esse mercado", diz o fotógrafo, hoje com 64 anos. Nas paredes da Galeria Nara Roesler estarão 23 fotografias em preto e branco, com tamanhos grandes e variados, cada uma delas com uma garantia de edição de não mais que cinco exemplares e duas p/a (provas de artista). Formado em arquitetura na FAU/USP, começou sua carreira de fotojornalista e documentarista, em 1968, na revista Veja da qual se lembra com respeito de Mino Carta e Duque Estrada, diretores de redação e de arte.

Opção de mercado
Coerente com sua linha de trabalho, ele não esconde a irritação, apesar de se preocupar em ser tachado de ortodoxo ou reacionário, com o que chama de equívoco: "Hoje tem foto fora de foco, tem de tudo. Fui numa feira na Alemanha e 99,9% das fotos não tinha foco. Parece um pouco com o que acontecia no final do século XIX quando os fotógrafos insatisfeitos com o realismo absurdo daqueles negativos de vidro de 30 cm por 40 cm, pincelavam em cima deles para se parecer com impressionismo, o movimento artístico vigente. Eles pincelavam para aquela fotografia ficar bonita, pictoricamente bonita. Só isso". Outro equívoco para ele é achar que fotojornalismo e fotografia documental não são arte. "Quem não quer ter pendurada na parede uma foto de Cartier Bresson?" Para Cristiano, fotografar cada vez mais é um ato de prazer:"Orgasmático", define.
Fonte: http://www.revistabrasileiros.com.br/edicoes/22/textos/584/