sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Confissão de um estagiário!

Fui demitido. Justa causa.

Como estagiário, aprendi milhões de coisas e fui muito bem sucedido nas minhas funções. Juro que não entendo o porquê de me demitirem...
Eu tinha várias funções que fazia com excelência, entre elas:

1. Tirar xerox. 3.1 segundos por página.

2. Passar café.

3. Comprar cigarro e pão. 1 minuto e 27 segundos. Ida e volta.

4. Fazer jogos na Mega-Sena, Du pla-Sena, Lotofácil, Loteria Esportiva...

Eu era muito bom. Mesmo. Fazia tudo certinho, até que peguei certa confiança com o pessoal e resolvi fazer uma brincadeirinha inocente.

É impressionante o nível de stress em um ambiente de trabalho.
Quis dar uma amenizada na galera, deixar o povo feliz e fui recompensado com uma bela de uma demissão por justa causa. Puta sacanagem!

Vou contar toda minha rotina desse dia catastrófico.

Era quinta-feira, 27 de março, quando cheguei ao trabalho.

Nesse dia, passei na padaria no meio do caminho.
Demonstrando muita proatividade, comprei pão e 3 Marlboro. Já queria ter na mão sem nem mesmo me pedirem. Quando abri a agência (sim, me deixam com a chave porque o pessoal só começa a chegar lá pelas 11h), já vi uma montanha de folhas para eu xerocar na minha mesa. Xeroquei tudo, fiz café e deixei tudo nos trinques (minha mãe que usa essa gíria rs).
Como tinha saído um pouco mais cedo no outro dia, deixaram um recado na minha mesa: "pegar o resultado da mega-sena na lotérica".
Como tinha adiantado tudo, fui buscar o resultado. No meio do caminho, tive a ideia mais genial da minha vida e, consequentemente, a mais estúpida.

Peguei o resultado do jogo: 01/12/14/16/37/45. E o que fiz?
Malandro que sou, peguei uns trocados e fiz uma aposta igual a essa. Joguei nos mesmos números, porque, na minha cabeça claro, minha brilhante ideia renderia boas risadas. Levei os 2 papeizinhos (o resultado do sorteio e minha aposta) para a agência novamente.
Ainda ninguém tinha dado as caras. Como sabia onde o pessoal guardava os papeis das apostas, coloquei o jogo que fiz no meio do bolinho e deixei o papel do resultado à parte.

O pessoal foi chegando e quase ninguém deu bola pros jogos. Da minha mesa, eu ficava observando tudo, até que um cara, o Pedro começou a conferir.
Como eu realmente queria deixar o cara feliz, coloquei a aposta que fiz naquele dia por último do bolinho, que deveria ter umas 40 apostas.
Coitado, a cada volante que ele passava, eu notava a cara de desolação dele. Foi quando ele chegou ao último papel.
Já quase dormindo em cima do papel,vi ele riscando 1, 2, 3, 4, 5, 6 números. Ele deu um pulo e conferiu de novo.
Esfregou os olhos e conferiu de novo, hahahaha. Tava ridículo, mas eu tava me divertindo.
Deu um toque no cara do lado, o Rogério, pra conferir também.
Ele olhou, conferiu e gritou:
-"PUTA QUE PARRRRRRRRIUUUUUUUUUU, TAMO RICO, PORRA". Subiu na mesa, abaixou as calças e começou a fazer girocóptero com o pau.

Óbvio que isso gerou um burburinho em toda a agência e todo mundo veio ver o que estava acontecendo.
Uns 20 caras faziam esse esquema de apostar conjuntamente. 8 deles, logo que souberam, não hesitaram: correram para o chefe e mandaram ele tomar bem no olho do cu e enfiar todas as planilhas do Excel na buceta da arrombada da mulher dele.
No meu canto, eu ria que nem um filho da puta. Todos parabenizando os ganhadores (leia-se: falsidade reinando, quero um pouco do seu dinheiro), com uns correndo pelados pela agência e outros sendo levados pela ambulância para o hospital devido às fortes dores no coração que sentiram com a notícia.

Como eu não conseguia parar de rir, uma vaquinha veio perguntar do que eu ria tanto. Eu disse:
-"puta merda, esse jogo que ele conferiu eu fiz hoje de manhã.
A vaca me fuzilou com os olhos e gritou que nem uma putalouca:
-"PAREEEEEEEEEEM TUDO, ESSE JOGO FOI UMA MENTIRA.UMA BRINCADEIRA DE MAU GOSTO DO ESTAGIÁÁÁÁÁÁÁRIO"
Todos realmente pararam olhando pra ela. Alguns com cara de "quê?" e outros com cara de "ela tá brincando".
O cara que tava no bilhete na mão, cujo nome desconheço, olhou o papel e viu que a data do jogo era de 27/03.
O silêncio tava absurdo e só eu continuava rindo. Ele só disse bem baixo:
- É...é de hoje.
Nesse momento, parei de rir, porque as expressões de felicidade mudaram para expressões de 'vou te matar'.
Corri... corri tanto que nem quando eu estive com a maior caganeira do mundo eu consegui chegar tão rápido ao banheiro.
Me tranquei por lá ao som de "estagiário filho da puta", "vou te matar" e "vou comer teu cu aqui mesmo". Essa última foi do peladão !

Eu realmente tinha conseguido o feito de deixar aquelas pessoas com corações vazios, cheios de nada, se sentirem feliz uma vez na vida.
Deveriam me dar uma medalha por eu conseguir aquele feito inédito. Mas não... só tentaram me linxar e colocaram um carimbo gigante na minha carteira de trabalho de demissão por justa causa. Belos companheiros!

Pelo menos levei mais 8 neguinho comigo ! Quem manda serem mal educados com o chefe. Eu não tive culpa alguma na demissão deles.
Pena que agora eles me juraram de morte...agora tô rindo de nervoso.
Falei aqui em casa que fui demitido por corte de verba (consegui justificar dizendo que mandaram mais 8 embora, rs) e que as ligações que tenho recebido são meus amigos da faculdade passando trote.
Eu supero isso, tenho certeza.

É, amigos, descobri com isso que não se pode brincar em serviço mesmo...

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Revista Cultural na Casa das Rosas.

Venha assistir a uma Revista Cultural ao vivo e em cores, sem playback nem reprise: aqui e agora. Esta é a proposta do projeto Revista Cultural, uma parceria da Casa das Rosas com a banda Babilaques. A estrutura da revista busca a diversidade. A partir de um eixo temático, o evento passa pela música, cinema, internet e literatura. Um mosaico de linguagens e referências que será compartilhado com o público.

A primeira edição do evento será no dia 26 de agosto, às 20 horas, na Casa das Rosas, e homenageia o poeta Haroldo de Campos. Esperamos por você!

Serviço

Projeto Revista Cultural
Dia 26 de agosto, às 20h
Local: Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura
Av. Paulista, 37
Próximo à Estação Brigadeiro do Metrô
Tel.: (11) 3285-6986

Poiesis – Organização Social de Cultura
Assessoria de Comunicação
Dirceu Rodrigues
Tel.: (11) 3285-6986 – ramal 213
dirceurodrigues@poiesis.org.br

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Sobre Fidel e Cuba.

Danielle, eu morei em Cuba durante um ano num intercâmbio científico. Não consigo com prender seu posicionamento. Evidente que a população reclama, e muito, de suas desventuras com a incrível falta de bens básicos. Mas todos têm consciência clara de que vivem sob a terrível ditadura imposta não por Fidel, mas pelos Estados Unidos nos últimos mais de 40 anos. Como é possível pensar numa abertura de mercado e de interação com o mundo se o país simplesmente não pode ter qualquer contato comercial com parceiros comerciais estrangeiros em função do bloqueio americano? É preciso mencionar que as visitas feitas por mandatários estrangeiros a Cuba não podem ser de caráter comercial. São simplesmente visitas com a intenção de chamar a comunidade internacional a prestar atenção ao grave problema enfrentado pela ilha. Desde o início do embargo imposto, já passaram 8 presidentes pela casa branca. Nenhum deles, seja republicano ou democrata, sequer cogitou o fim dessa ação absolutamente ditatorial. Ou podemos entender como normal que outro país tenha seu destino ditado por uma nação estrangeira e alheia a cultura local? Oras, alguns argumentam aqui sobre os índices de pobreza, saúde e outros como prova inconteste do mau governo de Fidel. Pergunto: Se em nossa casa nossos vizinhos resolvessem que deveríamos ficar trancados sem a menor possibilidade de comprar e vender para gerar receita que pudesse ser revertida para outros bens preciosos de uma casa, como faria? Além da tentativa de criar uma linha de contrabando, que mais nos restaria? De quem você teria raiva? De seus pais ou de seu vizinho?

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Comentário encontrado na net.

Enviado por: Elaine

Dia 15/08/2009 a oposição, orkuteiros e sites como o (Terra) e midia estão organizando um Movimento FORA SARNEY em 14 cidades.
Porém como é do conhecimento de todos, hoje temos 81 senadores, e todos sem exceção com algum desvio ético, corrupto, moral, sendo assim, este Movimento Fora Sarney se torna incompreensível, por que só o Sarney?

Me diz uma coisa: E o Arthur Virgilio: R$ 800.000,00 para a mãe, viagem para Europa, funcionário fantasma morando na Europa recebendo salários e horas extras, funcionario Personal Trainner, tudo pago por nós. NADA DE FORA VIRIGILIO? Este corrupto pode ficar?

O Heráclito Fortes(DEM), durante anos, empregou a filha do FHC, a qual nunca foi trabalhar, a mesma recebeu salários, horas extras. O Heráclito também pode ficar?NADA DE FORA HERÁCLITO?

O Alvaro Dias(PSDB) sonegou R$ 6.000.000,00 para a Receita Federal? Também pode ficar?NADA DE FORA ALVARO?

O Sérgio Guerra (PSDB) sonegou um haras. Também pode ficar?NADA DE FORA SÉRGIIO GUERRA?

O Demóstenes do grampo falso do DEM, tb pode ficar?NADA DE FORA DEMÓSTENES?

O Efraim Moral(DEM) cheio de acusações de desvio de dinheiro de empresas terceirizadas. Tb pode ficar?NADA DE FORA EFRAIM?

O Marconi Pirilo (PSDB) é acusado de vários crimes, dentre eles: formação de quadrilha. Tb pode ficar?NADA DE FORA MARCONI?

E nós que queremos e desejamos uma Reforma Politica para todos, não esta seletiva que a imprensa deseja, vamos ficar assistindo este Movimento todo, tirarem o Sarney, e permitir que os demais tomates podres continuem no cesto?

Ficando quietos, estamos acatando a oposição , a midia tirar o Sarney e permanecer com os demais corruptos ali dentro.

Está correto isso? Não vamos mudar nada? Vamos ficar satisfeitos somente com a saida do Sarney?

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Lei anti fumo em São Paulo - parte 2

Alguns comentários sensatos pinçados na internet.

Enviado por: Luis Armidoro

Nassif, tudo bem?

Este é o início do Novo Fascismo:

1 - Todos são suspeitos, então todos vigiam todos. O dedo-duro, o cagueta, - ao invés de ser execrado, é o herói dos novos tempos.

2 - Quem fuma (ou quem é diferente) deve ser excluído do convívio com os eleitos (não lhe parece uma política higienista que foi popular em um país europeu dosanos 1930?).

3 - Logo, proibirão amendoim (dá coceira, e cidadãos saudáveis não têm coceira), queimarão em fogueiras públicas cartoons de Angeli, Spacca, etc (arte degenerada, e cidadãos saudáveis não apreciam ou toleram arte degenerada); e tomarão outras medidas a favor da saúde pública, já que você é incapaz de saber o que é certo ou errado.

Definitivamente, Nassif, isto demosntra a que ponto chegou o Estado de SP em seu declínio constante.

Ou vi no rádio que, se alguém quiser fumar deve ir para a rua (e o estabelecimento deve fechar portas e janelas). Então é mais seguro, com o vírus H1N1 e outras moléstias de veiculação aérea, enfiar várias pessoas em ambientes fechados - com circulação e troca de ar restritos; do que deixar um camarada dar suas baforadas.

Não fumo, mas não me incomodo com quem fuma - para que havia áreas de fumantes e não fumantes em bares e restaurantes? Até nos cinemas antigos havia o fumoir.

Preparem-se, é apenas o começo.

Enviado por: Clovis Campos

Serra enlouqueceu e está levando os paulistas à loucura? Parece ser mais insano que a proibição dos biquines por Jânio. Ou sair multando motorista transgressor. O histrionismo não é marca de Serra.

A adoção de teses moralistas, estimulação do dedurismo, a criação de clima de perseguições, de caça às bruxas, não é comportamento esperado de pessoas equilibradas. Por outro lado, já vivi bastante para saber que coisas assim não são descoladas de um projeto maior. Embora pareça, não é apenas insanidade: qui prodeste?

Enviado por: duvidoso

Ótimo Nassif,

Eu também tenho o mesmo questionamento. Quem elouqueceu? Aqui em sampa, os governantes estão tomando medidas e ninguém fala nada. Aceita-se quase tudo com passividade.

Primeiro foram os caminhões depois vans, fretados, cigarros…

A cada proibição aceita, vai se criando precedentes e abrindo caminho para outras. Fora pequenos grupos ativos, onde está a sociedade crítica paulista?

Ps. O Antonio Fagundes também esta p. da vida e falou que vai bater de frente. Na peça que está estreando, vai acender o cigarro.

Enviado por: Rodrigo Lima

Não fumo e odeio cigarro. Mas uma coisa é certa: essa medida do Serra é fascismo puro. George Orwell manda lembranças.

Enviado por: WALDIR

Com propostas que demonstram provocar a sociedade e chamar a atenção, o governo de Saõ Paulo exerçe seu mandato.
A lei contra os fretados , como que “magica”, acabou com os congestionamentos mostrados na tv, um espetáculo.
Propõe aumentar o salario dos policiais em até 100% se deixar de fazer o “bico”, ou seja ele vai criar uma lei para remunerar melhor os policiais?Propõe salarios de ate R$ 7.000,00 para professores, se forem aprovados nos testes, então é possivel aumentar o salario?
E agora a lei da fumaça.
E tudo isso devidamente divulgados com gastos em publicidade da ordem de 67 milhões.
Lí que o governo fez um acordo com as operadoras para propagar a nova lei, e enviará mensagens a 25 milhões de usuarios, um “spam” telefonico.
Essa atenção que os governantes estão chamando define o voto antecipado do eleitor, o mesmo vale para a esfera federal.
Nada que uma caneta não faça, o problema é quem segura essa caneta.
Caminhamos perigosamente proximos a barbarie.
Hoje é a fumaça do cigarro, amanhã pode ser o fato de espirrar em publico (pode dar cadeia, com o pânico instalado o que impede?).
E a gloriosa camara de vereadores e assembleia legislativa, onde estão?

Enviado por: Fábio Peres da Silva

Não se espante com essa visão absurda, Nassif.

São Paulo há muito tempo embarcou na visão neofascista do governo Serra e de uma parcela significativa dos formadores de opinião de que medidas restritivas são a única forma de se manter a ordem diante do caos social (sendo que o caos é representado pela política absurda de Brasília).

Consideremos os fatos: a grande maioria da população não fuma, e se fuma dificilmente será afetada por leis que trabalham com o cotidiano normal do cidadão; some-se aos “tabachatos” de plantão, aqueles que vibram com cada passo do estado policial antifumo mas que não cuidam bem nem da própria saúde, ou da sua vida social.

Sinto, com o perdão da palavra, profunda vergonha de ser paulista e paulistano nesse momento; estamos validando uma ditadura no melhor estilo “Admirável Mundo Novo”, ou “1984″, desde que disseram que leis de cunho autoritário resolveriam todos os problemas - vem desde a “Cidade Limpa”, que tirou a propaganda mas não colocou amor no lugar; dá profundo desprezo de viver num Estado no qual a “orrrrdem” virou pretexto para impor qualquer tipo de barbaridades à grupos minoritários da população.

E, a propósito, Kassab está recuando um pouco no Cidade Limpa - talvez porque está faltando $$$ para pagar as contas da “cidade perfeita” que ele inventou … palhaçada …

Lei anti fumo em São Paulo.

Anarquista que sou, creio que toda diferença deva ser resolvida pela conversa entre os diferentes e não por leis que regem costumes. E a conversa deve ser em todos os níveis. Inclusive de cidadão para cidadão. Leis de cima para baixo são sempre ditatoriais. Outra coisa. Não fumantes agora aparecem com "meus impostos não devem ser usados para pagar tratamento de saúde para fumantes", então eu, fumante, digo: "Meus impostos não devem ser usados para consertar a rua em frente a casa do não fumante". A lei cria na verdade antagonismo que pode levar a formação de cidadãos de segunda classe. Ao invés de procurar a paz pela educação e criação do respeito mútuo entre os concidadãos, a lei acentua as diferenças e traz a tona a possibilidade de se expressar o rancor através da denúncia vazia.

Grandes regimes ditatoriais do passado não tão distante começaram pela implementação de leis restritivas de liberdades civis, que vistas isoladamente não pareciam tão cruéis a grande parcela da população. Na medida que outras iam se impondo, completava-se verdadeiros pacotes de mão governamental pesada.

Pergunto: como é possível determinar a convivência entre pares através de leis governamentais?