quinta-feira, 25 de junho de 2009

Participação no 8º Giro de Comunicação da UniUv 3

Uma noite para ficar marcada na memória dos acadêmicos de Comunicação Social

Repórter: Bárbara Sales

Terça-feira, 16 de junho de 2009, tornou-se uma noite histórica para os acadêmicos do curso de Comunicação Social do Centro Universitário de União da Vitória (Uniuv). Nesse dia, os cursos contaram com a presença, na segunda etapa do 8º Giro da Comunicação, de um dos grandes nomes da comunicação brasileira: Hélio Campos Mello.

Com uma experiência de quase 40 anos dedicados à comunicação, Campos Mello fez um resumo de sua carreira como fotógrafo e jornalista nos principais veículos de comunicação brasileiros e também de suas coberturas jornalísticas mais marcantes. Além disso, ele contou sobre o processo de criação da revista Brasileiros, da qual é sócio-fundador.

Durante a palestra, os acadêmicos ouviram atentamente os relatos de Campos Mello sobre a época em que foi correspondente de guerra cobrindo a invasão americana no Panamá e também a Guerra do Golfo, em 1991, um dos períodos mais marcantes de sua carreira. “Sempre tive uma atração por fotografia de guerra. É místico, desafia a morte. Tinha atração pelo perigo, hoje não tenho mais”, comentou.
Campos Mello falou ainda de suas experiências nos meios de comunicação brasileiros. “Cheguei na IstoÉ quando a revista tinha um mês e lá fiquei por 12 anos. Comecei como fotógrafo e acabei como diretor de redação, graças a chatice de Mino Carta”, brincou.

Sobre a revista Brasileiros, publicação mensal de reportagens, o jornalista falou aos acadêmicos sobre as dificuldades de se fazer uma revista com essa característica e ainda ser independente, diferente de todas as publicações semanais conhecidas no País. “Quando saí da IstoÉ, estava cheio de ver as revistas e os jornais mostrando apenas o lado ruim do Brasil. Temos que olhar o Brasil com olhos mais interessados do que mal humorado”, disse. Ele ressaltou que por mostrar o Brasil com uma visão diferente, são acusados de ser uma revista ‘chapa branca’. “Tragédias e denúncias vemos todos os dias nos jornais. Precisamos enxergar as coisas boas do Brasil, para que possamos sentir orgulho de sermos brasileiros”, completou. Para Campos Mello, a Brasileiros é uma massa de modelar. “Modelamos ela a cada mês, sem vergonha de expressar paixão, convicção e atitude”, afirmou.

Nenhum comentário: